Notícias



Zona rural

Evento tradicional de Porto Alegre, Festa da Uva e da Ameixa chega à 30ª edição

Evento ocorre no bairro Belém Velho até o próximo fim de semana e oferece diversos produtos aos frequentadores

16/01/2022 - 21h37min


Anderson Aires
Anderson Aires
Enviar E-mail
Marco Favero / Agencia RBS
Feira começou no sábado

Um dos eventos mais tradicionais da zona rural de Porto Alegre, a Festa da Uva e da Ameixa voltou a ser realizada após um ano de paralisação diante da pandemia de coronavírus. Com abertura oficial realizada no sábado (15), o evento, que está na 30ª edição, ocorre na Praça Nossa Senhora de Belém, no bairro Belém Velho, zona sul da Capital. A feira seguirá aberta neste e no próximo fim de semana, dias 22 e 23 de janeiro, das 9h às 20h. A festa faz parte do calendário oficial dos 250 anos de Porto Alegre.

LEIA MAIS
Cavalos vítimas de maus-tratos resgatados por ONG ganham nova vida em santuário em Porto Alegre
Obras no segundo andar do Mercado Público serão retomadas na segunda-feira
Prefeitura reduz para cinco dias o período de isolamento de servidores com covid-19

O coordenador de fomento da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Porto Alegre, Oscar Pellicioli, afirma que a feira, além de oferecer produtos de qualidade e variedade, fomenta a atividade econômica rural da Capital. 

— Para a economia local da Vila Nova e do Belém Velho, a feira é muito impactante porque essa região conta basicamente com produção primária. Então, os produtores têm nesse momento um escoamento da produção e um ganho — destaca Pellicioli.

Um dos expositores da feira, o produtor Valdomiro dos Santos, 65 anos, cita o bom movimento no local no sábado e neste domingo. Santos destaca que os consumidores vão encontrar produtos ainda melhores neste ano. A temperatura durante a safra criou condições para frutos com mais qualidade e mais doces, de acordo com o agricultor. Segundo o Escritório Municipal da Emater/RS, em 2021, houve um incremento de 20% na produção de uva ante 2020. Já a produção de ameixa registrou regularidade nos últimos dois anos. 

— A colheita foi bem maior. A nossa produção foi muito boa. A fruta tá muito doce. O pêssego, a ameixa e a uva. Todos estão muito doces. O clima nos ajudou. O frio, a chuva e o calor vieram na hora certa — destaca Santos, que tem propriedade no bairro Campo Novo. 

Além de ameixa e uva, os visitantes também encontram outras frutas, como pêssego e melancia, e sucos entre os itens comercializados no local. Na manhã deste domingo, era possível ver alguns frequentadores saboreando sucos gelados em meio ao calorão que atinge a cidade. 

Morador do bairro Vila Nova, Julio Cezar Machado Alves, 61 anos, era um dos frequentadores da feira neste domingo. Ao lado da esposa, ele aproveitou o período da manhã para comprar os produtos. Alves afirma que o programa é um passeio muito bom, mas sentiu falta de um número maior de bancas no local. O visitante, que frequenta a feira há 24 anos, afirma que a festa é um evento importante para fortalecer a economia da região, juntar a comunidade e mostrar a Zona Sul para moradores de outras regiões da Capital. 

Marco Favero / Agencia RBS
Julio e a esposa (E) durante a feira

— As frutas estão muito gostosas. Teve prova antes de comprar. De fato, a ameixa está bem mais doce do que o normal. A uva então nem se fala. Se tu tá ali na banca, as abelhas estão dando volta — explica Alves.

Um dos diferenciais da feira neste ano é a oferta de uvas orgânicas. Das seis bancas presentes no evento, três oferecem o produto orgânico, segundo o coordenador de fomento de Porto Alegre. 

Outra novidade é a presença maior de bancas que comercializam artesanato. Nascido em 2021, o coletivo Afro Aya é um desses expositores. O grupo, que promove oficinas de economia solidária, produz e vende diversos produtos, como Afrobags — bolsas de algodão cru e tecido com símbolos africanos carimbados —, chaveiros de madeira e de semente, bijus de tecido, viseiras de tecido, bonecas negras de pano e bonequinhas afro de arame. A artesã afroempreendora e coordenadora do coletivo, Lisbet Santos Pinheiro, 51 anos, afirma que o movimento foi menor no sábado, mas melhorou neste domingo

— É importante para nós divulgar por toda a cidade de Porto Alegre a cultura e os talentos de mulheres negras da Restinga e da Zona Sul — explica Lisbet.

Marco Favero / Agencia RBS
Produtos na banca do coletivo Afro Aya

 Leia outras notícias do Diário Gaúcho   


MAIS SOBRE

Últimas Notícias