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Monkeypox

Brasil registra a primeira morte por varíola dos macacos 

Paciente de 41 anos estava hospitalizado e tinha comorbidades, segundo o Ministério da Saúde 

29/07/2022 - 21h05min


GZH
FREYA KAULBARS/ RKI ROBERT KOCH INSTITUTE / AFP
Brasil tem 1.066 casos confirmados da doença

O Brasil registrou a primeira morte por varíola dos macacos, também conhecida como monkeypox. A confirmação foi feita pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira (29). Segundo a pasta, a vítima é um homem de 41 anos com imunidade baixa e comorbidades, incluindo câncer (linfoma), que levaram ao agravamento do quadro. 

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Ele ficou internado em um hospital público de Belo Horizonte (MG) e foi encaminhado para a CTI. A causa do óbito foi choque séptico, agravada pela varíola dos macacos. 

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirma 44 casos no Estado e investiga outros 130. 

Até  o momento, o Brasil registra 1.066 casos confirmados de varíola dos macacos em 15 Estados, conforme dados enviados pelo Ministério da Saúde para GZH. No Rio Grande do Sul, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) confirma cinco. 

Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), casos graves, anteriormente, ocorreram mais entre crianças, jovens adultos e crianças e adultos jovens, e indivíduos imunocomprometidos, e estiveram relacionados à extensão da exposição ao vírus, estado de saúde do paciente e natureza das complicações. A monkeypox é geralmente uma "doença autolimitada", com sintomas que duram de 2 a 4 semanas.

 O que é a varíola dos macacos

A varíola dos macacos é uma zoonose (vírus transmitido aos seres humanos a partir de animais). O período de incubação da doença é de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, segundo a OMS. O contágio pode ocorrer no contato próximo com lesões de um infectado, fluidos corporais, gotículas respiratórias e superfícies contaminadas. Febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, calafrios e exaustão são alguns dos sintomas da varíola dos macacos. 

O primeiro caso humano foi identificado no Congo em 1970. Conforme a OMS, hoje a maioria dos animais suscetíveis a este tipo de varíola são roedores, como ratos e cão-da-pradaria. Monkeypox faz referência aos ao fato de a descoberta do vírus ter sido feita em um macaco de laboratório na Dinamarca em 1958.

Os sintomas são semelhantes, em menor escala, aos observados em pacientes antigos de varíola: febre, dor de cabeça, dores musculares e dorsais durante os primeiros cinco dias. Depois, aparecem erupções - no rosto, palmas das mãos e solas dos pés -, lesões, pústulas e finalmente crostas.  

Veja, abaixo, orientação da SES sobre o que é considerado um caso suspeito de varíola dos macacos:

/// Pessoa que, a partir de 15 de março deste ano, apresente início súbito de erupção cutânea aguda sugestiva de monkeypox, única ou múltipla, em qualquer parte do corpo, associada ou não a adenomegalia ou relato de febre. E um dos seguintes vínculos:

/// Histórico de viagem a país endêmico ou com casos confirmados de monkeypox nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas

/// Histórico de contato íntimo com desconhecido e/ou parceiro casual, nos últimos 21 dias que antecederam o início dos sinais e sintomas

/// Ter vínculo epidemiológico com casos confirmados de monkeypox, desde 15/3/2022, nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas

Ou ainda:

/// Ter vínculo epidemiológico com pessoas com histórico de viagem a país endêmico ou país com casos confirmados de monkeypox, desde 15/3/2022, nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas

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