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Com câncer, cuidador de colônia de gatos precisa de ajuda em Guaíba

Osvaldo da Silva Coelho foi diagnosticado com melanoma estágio quatro em agosto; doença o impossibilita de trabalhar e cuidar dos felinos

04/11/2022 - 11h39min

Atualizada em: 04/11/2022 - 12h02min


Arquivo pessoal / Reprodução
Remédios, exames, ressonâncias e tomografias estão sendo pagos pela família

Desde agosto, o borracheiro Osvaldo da Silva Coelho, 64 anos, conhecido por cuidar voluntariamente há sete anos de quase 200 gatos de rua (veja mais informações nesta matéria) no interior de Guaíba, vem sofrendo com dores e febres. Os sintomas são devidos a um melanoma (tipo mais grave de câncer de pele) estágio quatro, na região das costelas. 

O tratamento está sendo feito de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com exceção dos exames, ressonâncias e tomografias. Devido ao longo período que Osvaldo teria que esperar para realizar esses procedimentos pelo SUS – em média três meses –, a família optou pelo encaminhamento particular. Remédios também estão sendo comprados, porque alegam que a maioria não foi encontrada na Farmácia Básica.

Com Osvaldo há dois meses impossibilitado de trabalhar e sem nenhuma fonte de renda fixa na família, parentes e amigos abriram uma vaquinha online no valor de R$ 10 mil para custear a parte do tratamento não coberta pelo SUS. A campanha de arrecadação atingiu um pouco mais da metade do esperado, mas recentemente as doações pararam de chegar, impactando no futuro da saúde do borracheiro.

– Aqui em casa ninguém tem salário fixo. O pai é borracheiro, a mãe é manicure e massagista, e eu vendo bolos. Há dois meses, meu pai está com tanta dor que não consegue trabalhar. Eu e minha mãe precisamos deixar nossos trabalhos por diversas vezes para acompanhá-lo ao médico. Por isso, precisamos de ajuda para custear os exames e os remédios que ele toma por dia – afirma a confeiteira Bruna Coelho, 28, filha de Osvaldo.

Saúde

Embora o melanoma esteja localizado em uma região, Osvaldo vem sentindo dores pelo corpo todo. Devido a isso, o borracheiro passou a frequentar a emergência hospitalar de duas a três vezes por semana para amenizar as crises.

– A doença mudou completamente a vida dele. Sempre foi um homem muito ativo, trabalhava de domingo a domingo. Agora passa o dia sentindo muitas dores, sem conseguir trabalhar nem realizar tarefas de casa. Ele está muito triste com isso. E também não está cuidando da colônia de gatos porque se sente muito fraco – conta Bruna.

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Colônia

Osvaldo não media esforços para cuidar dos quase 200 gatos abandonados em um terreno baldio perto de sua borracharia, em Guaíba. Em relato ao Diário Gaúcho, em junho, ele contou gastar quase R$ 3 mil mensais com a alimentação dos felinos de rua. Quando havia alguma emergência veterinária, era ainda mais. Mesmo assim, o voluntário juntava seu dinheirinho, pedia apoio  para amigos e voluntários e amparava os bichinhos. O motivo para ele era claro: a compaixão.

Agora, impossibilitado de continuar o seu trabalho voluntário de quase 10 anos, Osvaldo está entristecido. Não vê a hora de melhorar da saúde para poder continuar com o resgate dos gatinhos. 

– Ele tem muito orgulho do trabalho que fez, tem um amor imenso pelos gatinhos e é muito grato pelas gurias do SOS Gatos da Colônia por criarem o projeto e estarem ajudando nesse momento difícil. Sempre que recebe fotos dos gatinhos que foram resgatados, conta que fica aliviado – diz Bruna.

A esperança para o futuro, além da melhora da saúde, é também a solução definitiva da colônia. 

– O sonho dele é conseguir doar todos esses gatos de rua. Saber que ele não está sozinho nesse propósito dá um alívio muito grande – afirma a filha. 

Como ajudar

/// É possível contribuir fazendo qualquer doação financeira pela campanha: vakinha.com.br/3145679.
/// Quem preferir, pode doar através da chave Pix 51993094586, que pertence à esposa de Osvaldo, Ana Paula Pires da Rosa.
/// Mais informações de como ajudar podem ser obtidas pelo telefone (51) 99181-6063, com Bruna.

Produção: Júlia Ozorio



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