Sem merendeiras
Demissão de cozinheiras afeta fornecimento de merenda em 41 escolas de Porto Alegre
Secretaria Municipal de Educação afirma que auxiliares estão responsáveis pelo serviço
Pelo menos 41 escolas de Porto Alegre enfrentam problemas no fornecimento de merendas aos alunos por conta da demissão de cozinheiras. Entre as instituições de Educação Infantil e de Ensino Fundamental afetadas estão a Dr. Walter Silber, Padre Ângelo Costa e Saint Hilaire, todas na zona leste da Capital, além das escolas Mário Quintana e Ponta Grossa, ambas na Região Sul. Para reduzir o impacto, a Secretaria Municipal de Educação (Smed) afirma ter disponibilizado um cardápio que pode ser produzido pelas auxiliares de cozinha.
Em nota, a Smed alega que 68 funcionárias foram demitidas na segunda-feira (31) pela empresa Ágil Egali, responsável pela elaboração das refeições. O motivo teria sido uma notificação recebida pela empresa sobre a aplicação de penalidade e a rescisão unilateral do contrato, por parte da Smed, e também de outras quatro secretarias para as quais prestava serviços.
— A empresa simplesmente abandonou suas responsabilidades em pouco mais de um mês de prestação de serviços — diz o secretário-adjunto de Educação, Mário de Lima.
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A pasta também informou que irá chamar imediatamente a segunda empresa colocada no edital de prestação de serviço para atender às escolas. Apesar do transtorno, a secretaria garante que os estudantes continuam recebendo as merendas, porém estas foram adaptadas para serem preparadas pelas auxiliares de cozinha.
A reportagem entrou em contato com a Ágil Egali, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.
Confira a nota da Smed na íntegra:
Sobre a falta de cozinheiras em algumas escolas da rede municipal de ensino, Smed esclarece: a empresa Ágil, vencedora do edital para prestar o serviço em 41 escolas, foi notificada sobre a aplicação de penalidade e a rescisão unilateral do contrato, por parte da Smed e também de outras quatro secretarias para as quais prestava outros serviços. A notificação consta de um parecer da Procuradoria Geral do Município (PGM), que orienta tais medidas. A secretária Sônia Rosa já assinou o documento. De forma repentina e irresponsável, a empresa comunicou as escolas que estava orientando as cozinheiras a não irem trabalhar, sem ter feito nenhum comunicado oficial à pasta. Para não prejudicar os alunos e reduzir o impacto, a equipe de nutrição da Smed disponibilizou um cardápio que possa ser produzido pelas auxiliares de cozinha, ficando dentro de suas atribuições. A Smed também esclarece que irá chamar imediatamente a segunda empresa colocada no certame. A prioridade é manter a merenda escola.