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Propostas de revitalização

Futuro do trecho 2 da Orla será conhecido apenas em 2023

Prefeitura solicitará complementos para as empresas autorizadas a desenvolver os estudos

28/11/2022 - 22h07min


André Malinoski
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Anselmo Cunha / Agencia RBS
Em comum, os dois projetos concorrentes preveem demolição do Anfiteatro Pôr do Sol

A prefeitura de Porto Alegre decidiu solicitar mais informações para as empresas autorizadas a desenvolver os levantamentos técnicos e econômico-financeiros com propostas de revitalização para o trecho 2 da orla do Guaíba. Os projetos foram entregues em 12 de julho e até agora não se sabe qual será o escolhido.  

— Estamos pedindo complementações porque a parte financeira dos estudos não está robusta. A escolha é muito importante. Por isso, vai ficar para o próximo ano — revela a secretária municipal de Parcerias, Ana Pellini.

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As empresas terão reunião com representantes da Secretaria Municipal de Parcerias ainda durante esta semana. Na ocasião, elas serão informadas sobre o que precisa ser aprofundado e o tempo que terão para a realização dos ajustes. O período será de dois meses. Dessa maneira, o futuro do trecho 2 ficará, de fato, para 2023.

— As duas propostas estão muito bem-apresentadas em termos arquitetônicos. Vamos pedir ajustes de viabilidade econômica — antecipa a titular da pasta, ressaltando que combinar todas as sugestões com viabilidade econômica “não é fácil”.

Conforme a reportagem de GZH antecipou, uma das propostas, apresentada pelo consórcio formado pelas empresas Construtora Pelotense e RGS Engenharia, traz entre as sugestões a construção de marina pública, centro de eventos, lojas e estacionamento subterrâneo com capacidade para 450 carros. Na parte da península, haveria um prédio multiuso chamado Mirante 360 Graus — inspirado no Museu do Amanhã, do Rio de Janeiro.

Farol de 34 metros e cidade para crianças entre as sugestões

Cachorródromo, academia para terceira idade e até uma cidade para crianças também integram as sugestões da Construtora Pelotense e RGS Engenharia para o trecho 2.

A proposta do consórcio formado por CHEETAH Consultoria Empresarial, Photo Arquitetura, PierBrasil Engenharia e Soluções Tecnológicas, Arvut Meio Ambiente e Superfície Engenharia propõe um farol de 34 metros de altura, onde as pessoas poderão subir em um mirante para enxergar o pôr do sol. A estrutura seria iluminada durante a noite.

Também prevê hotel flutuante, que ficaria entre a marina pública e o farol, museu das águas e aquário, centro de eventos e uma instituição de Ensino Superior voltada para o tema da sustentabilidade. Estudos de impacto ambiental, estações de tratamento de esgoto, unidade de tratamento de água, geração de energia com painéis fotovoltaicos, tratamento de resíduos sólidos, áreas permeáveis com cobertura vegetal e paisagismo com vegetação nativa, entre outros itens, também fazem parte desse estudo.  

Ambos projetos sugerem a demolição do Anfiteatro Pôr do Sol e a construção de um novo na área. O trecho 2 tem 134,4 mil metros quadrados e uma extensão de 850 metros entre a Rótula das Cuias e o Arroio Dilúvio.

Saiba mais

  • Em função de se tratar de Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), a prefeitura não tem obrigação de aproveitar os estudos, podendo aprovar tudo, parte ou até nada. 
  • Após a escolha, será realizada uma consulta pública, seguida por uma audiência pública, para posterior encaminhamento ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) para revisão. 
  • O edital de concessão só poderá ser elaborado após esse processo. Dessa maneira, o porto-alegrense ainda vai aguardar alguns meses antes de conhecer o destino do trecho 2 da orla.  

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