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Em Canoas, bebê busca apoio para cirurgia no crânio

Família do pequeno Bento Linde Padilha Pereira precisa pagar anestesia e coparticipação do plano de saúde, além de remédios e consultas após a operação

09/12/2022 - 12h07min

Atualizada em: 09/12/2022 - 12h09min


Francine Linde / Arquivo Pessoal
Menino completou seis meses em dezembro

Uma família do bairro Rio Branco, em Canoas, corre contra o relógio. Isso porque o pequeno Bento Linde Padilha Pereira, seis meses, vai passar por uma cirurgia no crânio no dia 14 de dezembro. A família precisa de R$ 10 mil para pagar a anestesia e a coparticipação do plano de saúde, além dos remédios e consultas necessários após a operação.

Bento tem uma doença chamada craniossinostose ou cranioestenose, que gerou o fechamento precoce dos seus ossos na cabeça. Conforme indica o relatório médico do menino, a cirurgia deve ocorrer "idealmente no primeiro ano de vida".

Não realizar ou adiar o procedimento pode gerar "sequelas para o crescimento e o desenvolvimento do paciente", alerta o documento. Entre as complicações, há risco de convulsões e de problemas na visão e no desenvolvimento neuropsicomotor (de habilidades).

Diagnóstico

O caminho para a descoberta da doença ocorreu quando Bento estava entre o segundo e o terceiro meses de vida. A pediatra ficou intrigada com o crescimento acelerado da cabeça do menino, conta a mãe, a professora Francine Linde, 31 anos.

Exames ajudaram a descartar outras hipóteses, como hidrocefalia (acúmulo de líquido no cérebro). Após consulta com um neurologista e uma ressonância, veio o resultado. O tratamento recomendado pelos médicos é cirúrgico.

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Solidariedade

Francine Linde / Arquivo Pessoal
Os pais Lucas e Francine fizeram vaquinha e rifas para poder completar o valor do procedimento; agora precisam de R$ 10 mil

Assim que souberam dos custos, Francine e o pai do pequeno, Lucas Padilha Pereira, foram atrás de ajuda. Por meio de rifas e de uma vaquinha virtual, conseguiram R$ 41 mil, dos quais R$ 40 mil serão destinados ao pagamento de um dos médicos que fará a cirurgia e de sua equipe. O restante ajudará com eventuais gastos durante a internação.

O serviço do outro especialista que estará na cirurgia é coberto pelo plano de saúde. O procedimento será feito no Hospital da Criança Santo Antônio, da Santa Casa de Porto Alegre.

O receio de não conseguir o dinheiro a tempo foi o que motivou o casal a optar pela solidariedade.

— O problema do SUS e da Justiça é que não íamos conseguir operar o Bento com seis meses, ia passar dessa data. E os dois médicos disseram que, quanto antes fizermos, melhor será para o Bento — explica Francine.

Agora, a busca é por mais R$ 10 mil. Desse valor, R$ 5 mil serão para equipe de anestesia. Após o procedimento, segundo a mãe, há previsão de que sejam feitas cinco consultas, mas o número pode mudar conforme a recuperação. Cada atendimento custa R$ 600.

Como ajudar

/// Pela vaquinha virtual, no site vakinha.com.br/3139653.

/// Pelo Pix, com a chave sendo o e-mail bebebentooficial@gmail.com.

/// Por depósito bancário, na conta 41741196-4, agência 0001, do PagSeguro Internet S.A. (banco 290), em nome de Lucas Padilha Pereira.

O que é craniossinostose? (Fonte: Sociedade Brasileira de Neurocirurgia Pediátrica)

Jonatan Sarmento / Arte GZH
Crânio de um bebê sem a doença

/// A craniossinostose (ou cranioestenose) acontece quando ossos da cabeça se fecham antes do momento certo, não tendo uma ou mais das "rachaduras" (que aparecem na imagem ao lado) entre eles. Isso resulta em uma mudança no formato da cabeça do bebê. 

/// A suspeita de existência da doença pode ser feita pelo pediatra, nas consultas de rotina. No caso da craniossinostose, a deformidade craniana não melhora após o nascimento. 

/// A investigação mais detalhada pode ser realizada por um neurologista pediátrico ou um neurocirurgião pediátrico, por exemplo. O diagnóstico é confirmado por exames.

/// Em alguns casos, a craniossinostose acontece de forma isolada, mas a consulta com um especialista é necessária, tendo em vista que há riscos de complicações, como: hipertensão intracraniana e sofrimento encefálico (a pressão dentro da cabeça da criança fica mais alta do que o ideal, o que acaba machucando o cérebro), regressão ou atraso do desenvolvimento neuropsicomotor e alterações na visão, além de problemas a longo prazo, ligados à autoestima e à aceitação, por razão estética.

Produção: Isadora Garcia



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