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Escola da zona sul da Capital segue com horário reduzido em turma de maternal

Diante da situação, pais precisam encontrar alternativas para o acolhimento das crianças

13/04/2023 - 12h18min


Jefferson Botega / Agencia RBS
Problema foi relatado no Diário Gaúcho também em setembro de 2022

A falta de profissionais para atender alunos de uma das turmas de maternal da Escola Municipal de Educação Infantil Jardim Camaquã, na zona sul de Porto Alegre, voltou a ser alvo de reclamações neste ano. A situação faz com que os pequenos tenham turno reduzido e, assim, os pais precisam encontrar alternativas para o acolhimento das crianças.

O problema foi apresentado nas páginas do Diário Gaúcho em setembro de 2022. Algumas das mães com quem a reportagem conversou à época relatam, hoje, que, até o final do ano passado, a falta de profissionais se manteve, com os alunos entrando de manhã e saindo na metade da tarde.

Com o início do ano letivo de 2023, o turno reduzido permaneceu, segundo o auxiliar de cartório Tiago Ponsi Cardoso, 42 anos, pai de um menino de dois anos que entrou este ano na turma em questão, Maternal 2. Desde que as aulas tiveram início, em 8 de fevereiro, em vez de ficar em turno integral, o pequeno entra às 13h e tem de sair até as 17h, afirma Tiago. 

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Preocupação

De manhã e no final da tarde, é o avô quem cuida do menino. Porém, ele recebeu uma proposta de trabalho, previsto para começar no mês que vem. Assim, a família terá de se reorganizar:

— Estamos apavorados, porque não tem ainda uma data, não tem uma resposta mais completa da Smed (Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre). E como eu e minha esposa trabalhamos, com quem ele vai ficar?

Tiago explica que a família não teria condições de pagar uma creche particular. E que, sem ter como trabalhar em casa, o receio é de que ele ou a esposa precisem deixar o emprego.

Agilidade

Diante da situação, o pai do menino entrou em contato com a Smed por e-mail. A informação que chegou até Tiago é de que a pasta estaria buscando soluções para que o atendimento fosse normalizado, mas sem prazos para isso. O último contato dele foi no início de março. 

Ao buscar a diretoria da escola, a resposta recebida foi a mesma:

— A alegação é de  que faltava um monitor, que a Smed estava providenciando, mas ainda não tinha nenhuma data certa para solucionar essa questão. Achamos que iria ser mais rápido.

Prefeitura admite falta de profissionais

Por meio de nota, a Smed assume que está enfrentando uma falta de professores e monitores na rede municipal. Isso seria consequência de aposentadorias, licenças médicas e pedidos de exoneração, segundo a pasta. A secretaria informou, ainda, que está trabalhando para suprir essa carência: "Estamos correndo contra o tempo para viabilizar as reposições e atender plenamente aos estudantes".

No caso de professores para a rede, a Smed lembra que um novo concurso público será realizado no próximo dia 16 e que os aprovados serão nomeados em julho.

Já no caso de monitores, foi informado apenas que está sendo construído um "novo programa de inclusão para suprir as carências na Educação Infantil e na Educação Especial".

Sobre a situação do Maternal 2 da Escola Municipal de Educação Infantil Jardim Camaquã, a pasta afirmou: "A alternativa encontrada no momento foi a redução da carga horária até que tenhamos os recursos humanos necessários para normalização do horário integral". 

Não foram citados prazos para solução do problema.

Produção: Isadora Garcia



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