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Papo Reto 

Manoel Soares dá uma dica: esquece a raiva

Colunista escreve para o Diário Gaúcho aos sábados

20/05/2023 - 05h00min


Manoel Soares / Arquivo Pessoal
A raiva deixa um rastro que demora a ser apagado

A raiva é um recurso que nosso corpo ativa para nos avisar que existe um perigo e que precisamos trazer à tona nossos sentimentos primitivos. Apesar desse sentimento ser algo natural, temos que entender que, quando uma pessoa sente raiva, o corpo humano experimenta uma série de mudanças fisiológicas. 

O sistema nervoso simpático é ativado, liberando adrenalina e noradrenalina no corpo, o que aumenta a frequência cardíaca, a pressão arterial e a respiração. Além disso, os músculos se contraem, preparando o corpo para uma resposta de luta ou fuga. Se optamos pela luta, podemos dar golpes inadequados em pessoas que não merecem. Agir de forma violenta quando estamos com raiva é como jogar gasolina no fogo. Expandimos a raiva, e apelar para a violência é como alimentar nosso corpo comendo a carne de nosso próprio braço.

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A raiva pode afetar o sistema digestivo, causando náusea, vômito e diarreia. O sistema imunológico também pode ser afetado, tornando uma pessoa mais suscetível a doenças. Sei que alguns de nós achamos que se botar para fora passa, mas, na maioria das vezes, a raiva daquela hora passa. Fica um rastro de consequências que demora a apagar, quando conseguimos apagar. 

A longo prazo, a raiva crônica pode ter efeitos negativos sobre a saúde mental e física, aumentando o risco de doenças cardiovasculares, depressão e ansiedade. É importante aprender a gerenciar a raiva de maneira saudável e eficaz para evitar esses efeitos negativos. Encontrar uma forma de purificar o coração na hora da raiva. Sua família, sua saúde e o universo agradecem.


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