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Estável, cesta básica de Porto Alegre ficou R$ 8 mais cara no primeiro semestre

Inflação do conjunto de alimentos nos primeiros seis meses do ano ficou em 1,04%. Em valores, cesta da Capital custa R$ 773,56

06/07/2023 - 16h27min


Alberi Neto
Alberi Neto
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Marcelo Casagrande / Agencia RBS
Batata teve a maior alta em junho, com inflação de 28,46%

Menos de R$ 10. Este valor corresponde à inflação da cesta básica de Porto Alegre no primeiro semestre de 2023. Para ser mais exato, o conjunto de 13 produtos fechou junho custando R$ 773,56. São R$ 7,93 a mais do que os R$ 765,63 do final de 2022. 

Os dados são do levantamento publicado ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-RS). Na variação mensal entre maio e junho houve queda de preço, com a cesta básica recuando 1,02% na Capital. A queda foi puxada por alimentos como tomate, banana e a carne, além do óleo de soja. 

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A baixa não foi mais ampla em razão do salto no valor da batata, que subiu 28,46% em relação ao mês anterior. Só em 2023, a batata já soma alta de 9,36%. Nos últimos 12 meses, são 6,03% de aumento no preço. 

Conforme o relatório do Dieese-RS, "a menor oferta do tubérculo, pelo fim da safra das águas, explicou a elevação das cotações". Olhando para o patamar geral, entre os 13 produtos que são pesquisados pelo departamento em Porto Alegre, oito tiveram redução de valor, quatro subiram de preço e o leite manteve os mesmos números pesquisados no mês anterior.

Variações

Além da alta da batata, o documento divulgado ontem chama atenção também para o açúcar. O Dieese-RS aponta uma "tendência de alta" no produto, que subiu de preço em 14 das 17 capitais pesquisadas. A explicação, conforme o relatório, é de que "a oferta restrita de açúcar elevou o preço no varejo". 

Um item bastante comum nas compras da cesta básica é a carne bovina. Apesar de apresentar redução de 1,73% na pesquisa de Porto Alegre, o Dieese-RS defende que o alimento tem "altos patamares de preço". Assim, mesmo com "a maior oferta de animais para abate" a demanda segue menor.

Cenário nacional

A pesquisa do Dieese mostrou que em junho, Porto Alegre ficou com a segunda cesta básica mais cara do país, atrás apenas de São Paulo, onde o conjunto fechou o mês no preço de R$ 783,05. O valor mais baixo para a cesta básica é o de Aracaju, no Sergipe: R$ 567,11. 

O relatório ainda aponta quanto do salário mínimo é necessário para comprar os alimentos da cesta básica. Em junho, o percentual ficou em 63,35%. Além disso, o Dieese-RS calcula qual seria o salário mínimo necessário para a subsistência de uma família brasileira. O valor calculado em junho foi de R$ 6.578,41 ou 4,98 vezes o mínimo atual, que é R$ 1.320,00.



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