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Em Eldorado do Sul, paciente pede apoio para tratar leucemia

São necessárias 21 injeções, ao custo de aproximadamente R$ 750 cada dose

19/01/2024 - 05h00min

Atualizada em: 19/01/2024 - 05h00min


Diário Gaúcho
Diário Gaúcho
Arquivo pessoal / Arquivo pessoal
Patrícia precisa de R$ 12 mil para poder fazer o tratamento conforme recomendação médica.

Para tentar evitar o retorno de uma leucemia mieloide aguda, a autônoma Patrícia da Silva Moraes, 39 anos, precisa de ajuda. O objetivo é que a moradora do bairro Chácara, em Eldorado do Sul, possa adquirir em quantidade suficiente uma injeção chamada Azacitidina. Cada dose, a preço de custo, sairia por cerca de R$ 750, segundo um orçamento obtido junto a uma distribuidora de medicamentos. 

Com um transplante de medula previsto para abril deste ano, ela tem recomendação de uso no período que antecede a operação. O esquema, determinado pelos médicos, é o seguinte: uma dose todos os dias por sete dias, alternando com 21 dias de intervalo. 

– Assim, eu precisaria de 21 doses até o transplante, o que teria um custo de R$ 15 mil aproximadamente. Tenho uma parte, mas ainda preciso de R$ 12 mil deste total – aponta ela. 

Em remissão desde o final do ano passado, com a doença indetectável, Patrícia busca adquirir as injeções para diminuir as chances de uma recidiva – ou seja, a volta do câncer. Essa possibilidade a preocupa por dois principais motivos. O primeiro é a intensidade da leucemia. 

– Descobri, pela primeira vez, em junho de 2022. Fiz o tratamento, entrei em remissão, mas fiquei naquela situação de que poderia voltar ou não. E, depois de quatro meses, no início de 2023, voltou. Passei mal e descobri que era uma versão mais agressiva. Se, agora, acontecer de novo será pior ainda – explica. 

O segundo motivo é a realização do transplante. A autônoma afirma que, em um eventual reaparecimento da doença, a operação precisaria ser cancelada. 

– Não sabemos quando eu teria um novo doador. Afinal, teria que tratar e esperar meu organismo se recuperar das quimioterapias para poder procurar outro. E é muito difícil de conseguir – observa. 

Enchente 

Patrícia conta que o desafio para conseguir o tratamento ainda sofreu com obstáculos inesperados no final do ano passado. É que a casa da família, em Eldorado do Sul, foi atingida pela cheia histórica que tomou conta da região à época. O evento climático levou transtornos e prejuízos financeiros ao imóvel. 

– Eu tive que sair de casa e gastar para fazer alguns consertos urgentes, porque, imagina, tenho imunidade baixa e não poderia ficar exposta àquela situação – diz, frisando que ainda para o transplante de medula há a exigência de um ambiente adequado ao processo de recuperação. 

Assim, parte do dinheiro que vinha sendo reservado para a compra das injeções precisou ser redirecionado para a recomposição do espaço. 

– Foi horrível. Fiquei desesperada, perdi quase tudo. Agora, meu medo é constante, mas tento focar em conseguir (o medicamento) para preencher meu tempo. Tenho um filho de cinco anos, não posso deixar ele – comenta.  

*Produção: Guilherme Jacques



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