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Um craque e um funkeiro nas suas origens

MC da VR e Tinga agitam a tarde da Restinga com gravação de clipe

Registro de canção do funkeiro MC da VR homenageia o ex-craque da Dupla Gre-Nal, que participa do vídeo. Evento mobilizou a comunidade, na tarde de domingo

16/11/2015 - 07h08min

Atualizada em: 16/11/2015 - 07h08min


José Augusto Barros
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Lauro Alves / Agencia RBS

O encontro de um dos maiores jogadores da história do futebol gaúcho e de um funkeiro que começa a conhecer o sucesso mobilizou a Restinga, na tarde de domingo. Em comum, Paulo César Tinga, 37 anos e Guilherme Alves da Roza, 22, o MC da VR têm o amor pela comunidade que os revelou.

A função rolou pela gravação do novo clipe de da VR,revelado neste ano na Seção Estrelas da Periferia, do Diário: Tinga, Guerreiro Vencedor, com participação do ex-jogador da Dupla Gre-Nal.



- Eu conheço o Tinga desde pequeno, ele é muito amigo da minha família. Me carregou no colo. É uma referência, levou o nome da Restinga para o mundo todo, assim como eu pretendo fazer - explica VR (sigla de Vila Restinga).

Assédio e humildade

Em uma quadra de basquete ao lado do Centro de Comunidade (Cecores) do bairro, o funkeiro gravou cenas com a participação do astro, sob o olhar admirado de jovens do bairro, que praticavam esportes por ali. Outras cenas foram captadas no campo de barro onde o meia deu os primeiros toques na bola e no condomínio que ele morou.

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Tinga, aliás, cumprimentou um por um ao chegar ao local, comprovando sua imensa popularidade e mostrando que, mesmo com o sucesso que obteve no Brasil e no Exterior, não esquece de suas origens. 

- Essas pessoas, e a comunidade, são coisas que a gente não esquece. Todo garoto quer seguir no futebol para ganhar visibilidade. Mas o funk, principalmente, na periferia, tem aparecido como alternativa para essa gurizada seguir um caminho legal. Essas iniciativas têm que ser valorizadas - destacou o ex-jogador.

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A música passa em revista a brilhante trajetória do gaúcho, desde quando morava no bairro e ia de ônibus para os treinos no Grêmio, suas passagens pelo Botafogo, Japão, Seleção Brasileira e a consagração definitiva pelo Inter, quando fez um dos gols da final da Libertadores da América, em 2006, dando o título ao Colorado.

Quando recebeu a canção, por áudio de WhatsApp, há cerca de 20 dias, o craque se emocionou. 

- Conheço a família do Guilherme de muito tempo. A primeira vez que fui para a praia, foi com eles, para Cidreira. Não é um cara qualquer me homenageando. É um cara que realmente conhece minha carreira, minha história, minha trajetória. E, quando ele me falou da música, eu fui ouvir para ver se não fazia apologia a nada ruim. E vi que não, que é coisa do bem - elogiou Tinga.
 
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