Homens e mulheres travam uma eterna guerra do sexos, mas a verdade é que um não vive sem o outro. Elas reinam absolutas no dia a dia deles, e basta frequentar um grupo de conversa masculino para confirmar que, assim como o futebol, a mulherada é tema recorrente nos bate-papos. Quando as namoradas ou esposas não estão por perto, melhor ainda: aí, eles soltam o verbo!

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É assim com um grupo de seis amigos da Zona Sul de Porto Alegre que costumam frequentar uma roda de samba e compartilhar suas percepções sobre o universo feminino. Todos concordam com o supervisor administrativo Rodrigo Silva de Almeida, 32 anos, morador do Bairro Glória:

– Mulher é um ser maravilhoso! Tem seus jeitos, trejeitos, detalhes, mas somos todos apaixonados por elas!

É final de tarde quando os amigos começam a chegar ao bar onde o samba embala o papo, que parte do que eles entendem como uma queixa comum a todas as mulheres: a hora da volta deles pra casa.

– Dependendo da hora que a gente chega, rola um estresse – afirma o auxiliar administrativo desempregado Rafael Machado, do Bairro Serraria. Aquelas que dão a eles privacidade e espaço ganham muitos pontos. – Sem essa de desconfiar de tudo e de todos.

Hoje em dia, com as redes sociais, se o cara tiver que fazer alguma coisa, vai ter que ser em outro país – complementa Rodrigo, seguido, em coro, pelo músico Jeferson Pereira, da Serraria: – Cada um tem que ter o seu espaço, e ele deve ser respeitado.

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Afinal, o que querem?

Papo vai, papo vem, e uma questão delicada entra na roda: o que fazer quando a mulher não gosta de um dos amigos deles? – Elas deveriam ser mais sociáveis nesses casos – sugere Rodrigo.

Mas, afinal, o que eles buscam em uma mulher? Para o estudante Tarcísio Francisco, do Bairro Guarujá, a vaidade é um ingrediente diferenciado:– Gosto das que se vestem bem.

Já o tatuador Gilberto de Jesus Filho, do Bairro Ipanema, e o carteiro Josué Pinheiro, do Guarujá, não negam que, no fundo, acabam procurando em suas parceiras traços da própria mãe.

– Se todas as mulheres fossem como a minha mãe, pô... Eu sempre digo que, se ela não fosse casada com o meu pai, eu casava com ela – diz Gilberto, com o aval de Josué: – Vira e mexe, a gente vai querer encontrar uma parceira parecida com elas.

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Diferentes, mas complementares

Para o professor de Psicologia da Universidade Regional do Alto Uruguai Jair Brollo, o segredo da harmonia entre eles e elas é a cumplicidade.

– Um casal deve entender que não são adversários, que são companheiros de time, vitórias e decepções. Isso deve ser um elo de fortalecimento – diz ele, que completa: – Além disso, é importante que um nunca se esqueça de elogiar os pequenos gestos do outro.