Noveleiros
Os coadjuvantes que roubaram a cena em"A Força do Querer"
Na trama de Gloria Perez, todos tiveram espaço para brilhar
Em A Força do Querer, todos tiveram espaço para brilhar. Em meio a três protagonistas fortes, atrizes consideradas coadjuvantes na trama também mereceram papéis de destaque. Os dramas se intercalaram com maestria, sem deixar a famosa "barriga" (período em que a novela se arrasta interminavelmente). A cada semana, uma nova história ganhava lugar, dando fôlego novo a cada capítulo.
Lilia Cabral é conhecida por roubar a cena em qualquer novela, por mínima que seja a personagem. Na trama das nove, o drama de Silvana foi bem estruturado e sempre dava pano pra manga. Enrolada com o vício em jogo, a arquiteta se envolveu nas piores situações, da prisão ao cárcere no morro.
Longe do horário nobre há uma década, Maria Fernanda Cândida teve um retorno triunfal sobre os saltos de Joyce. A dondoca deslumbrada teve seus momentos de mãe sofredora, mulher traída e até se envolveu em um barraco com a rival Irene (Débora Falabella).
E por falar em Débora, foi dela a tarefa de ser a grande vilã da história. No entanto, a psicopata se envolveu em situações infantis e clichês, sem grande impacto na vida de seus alvos. A atriz é ótima e aproveitou o pouco que tinha para brilhar em cena. Merecia ter ganho mais destaque, circulando por outros núcleos além da família Garcia.
É impossível esquecer de Elizângela, arrebatadora como Aurora, a sofredora mãe de Bibi. Conforme o envolvimento da Perigosa com o tráfico crescia, a participação de Elizângela se agigantava, emocionando o público com a dor de uma mulher que via a filha trilhar o caminho errado. A sintonia perfeita entre as duas atrizes transbordou da tela.
Quem diria que um líder do tráfico cairia no gosto dos telespectadores? Só o carisma de Sabiá e o talento de Jonathan Azevedo explicam esse fenômeno. O bandido "passou a visão", liderou o "bagulho" e ensinou Rubinho a lidar com mulher "pobremática".
Com apenas oito anos, João Bravo encarou cenas intensas na pele de Dedé, filho de Bibi e Rubinho. O menino chorou pra valer e fez o público se emocionar com seu talento.
Vale destacar também todo o núcleo de Niterói: os paraenses Abel (Tonico Pereira), Marilda (Dandara Mariana), Nazaré (Luci Pereira) e Edinalva (Zezé Polessa), além da queridona Cândida (Gisele Fróes), mãe de Jeiza.
Fica aqui também a homenagem às duas fiéis escudeiras da família Garcia, Dita (Karla Karenina) e Zu (Cláudia Mello). Podemos lembrar também das cativantes Simone (Juliana Paiva) e Biga (Mariana Xavier). Enfim, todos brilharam a seu tempo, no tom ideal e deram um show. Ou melhor, quase todos.