Cara nova no time
O homem de perto agora também é a cara da Paixão Colorada
Ator Zé Victor Castiel assina coluna a partir desta segunda-feira no Diário Gaúcho
Imaginem um colorado com as seguintes peripécias pelo Inter:
> Simulou gripe para adiar a estreia de sua peça porque naquela noite o time começava a decidir a Copa do Brasil de 1992.
> Ensinou o Tobias, seu cachorro yorkshire, a atender ao assovio do hino do clube.
> Apoia o clube no estádio desde os tempos dos Eucaliptos.
Pois é, esse torcedor fervoroso que a partir de segunda-feira reforçará o time do Diário Gaúcho. Zé Victor Castiel, 56 anos, ator de teatro e tevê, o cara que você se acostumou a assistir nos Homens de Perto e nas novelas das oito, assinará a coluna Paixão Colorada.
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O Zé está ansioso como um juvenil que estreará no time principal. Até concentração anda fazendo para começar firme nesta segunda-feira. Que será cheia. Além da coluna no DG, ele assumirá uma cadeira no Sala de Redação. Será o representante do Inter no tradicional programa da Rádio Gaúcha.
Mas não espere uma postura agressiva ou até mesmo debochada, de escárnio ao rival. O Zé não é desses. É torcedor polido, respeitador. É bem verdade que não perde a piada, mas longe dele de rir da desgraça alheia.
- Não gosto de dar flauta no rival nem de ouvir flauta. Gosto é de torcer pelo Inter. É claro que seco o Grêmio, mas seco em silêncio - explica.
Sujeito boa praça, de sorriso fácil e extrema simpatia, o Zé é um colorado das antigas. Do tempo dos Eucaliptos. Pisou no estádio da Rua Silveiro pela primeira vez aos seis anos, pela mão do pai, Victor Castiel. Era 1965, o Inter padecia e via o rival acumular títulos gaúchos.
O guri se apaixonou de primeira pela atmosfera do estádio. Tanto que passou a ir a todos os jogos com os primos mais velhos. No início dos anos 70, descobriu que ir ao Beira-Rio também era programa dos colegas do Colégio Farroupilha. Montaram um grupo que marcava presença no estádio novinho em folha.
Por isso, quando fez 15 anos, em 1973, ganhou do pai duas cadeiras cativas de presente. Mantém-nas até hoje e comprou uma terceira para que a família possa ir junto.
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O Zé só perde jogo quando está no palco, com Homens de Perto. Aliás, a peça é sucesso há 12 anos. São quase 500 apresentações e 750 mil espectadores.
Quando está no Rio, gravando, sempre arruma uma forma de ver o jogo do Inter. Como na vez em que foi visitar o amigo e também gaúcho Werner Schünemann. Era quarta-feira com rodada do Gauchão. O Werner é gremista, mas longe de ser um cara fanático. Papo vai, papo vem, e o Werner saiu da sala para pegar algo na cozinha. Rápido como um Nilmar, o Zé pegou o controle e comprou o pacote do pay-per-view do Gauchão. Pronto, o jogo do Inter apareceu na tela, ele torceu e foi para casa feliz.
Em toda aquela temporada no Rio, o Zé batia ponto na casa do Werner conforme a tabela do Gauchão. Assistia aos jogos e colocava o papo em dia com o amigo. Que nunca desconfiou daquele pay-per-view na sua tevê. Zé só revelou seu ataque ao controle remoto à mulher do Werner, a Tânia. Era para ela que pagava todos os meses a mensalidade do pay-per-view.
Coisas de um colorado apaixonado. De um colorado que passa a assinar nesta segunda a Paixão Colorada no DG.
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