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Folia reduzida

Crise nas Prefeituras deixará seis cidades da Região Metropolitana sem desfile de Carnaval

Com contas apertadas, seis cidades não farão desfile de rua. Das cinco confirmadas, quatro admitem que festa será menor

29/12/2015 - 07h01min

Atualizada em: 29/12/2015 - 07h01min


Jeniffer Gularte
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Omar Freitas / Agencia RBS
Cleber, presidente da Vila Isabel, escola de Viamão, conta que integrantes lamentam não poder desfilar na sua cidade

O aperto nas contas dos municípios vai minguar o Carnaval em várias cidades da Região Metropolitana. Das 12 cidades contatadas pelo Diário Gaúcho, seis não realizarão o desfile de rua por falta de recursos financeiros e uma - também por contenção de gastos - ainda não definiu seu calendário para a folia de Momo. No Carnaval 2015, foram quatro as cidades que não realizaram desfiles.

Apenas cinco municípios realizarão desfiles carnavalescos, mas quatro admitem que irão apertar no cinto: terão estrutura mais enxuta e devem economizar no que for possível.

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Muamba indefinida


O tradicional Carnaval de Guaíba terá um custo 20% menor. A economia será feita na infraestrutura do desfile realizado na Avenida Nestor de Moura Jardim, em 20 de fevereiro, com quatro escolas de samba. Segundo a secretária de Cultura e Turismo, Claudia Mara Borges, a realização da muamba ainda está indefinida.

- Nem cogitamos em não realizar o Carnaval. Abrimos o orçamento do ano e mantivemos o mesmo repasse para as escolas, vamos economizar na infraestrutura e buscar patrocínio - diz Claudia Mara Borges.

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Em Novo Hamburgo, o incentivo às escolas será mantido, mas as estruturas físicas também terão orçamento reduzido. Estratégia semelhante será usada na Capital. A coordenadora adjunta de Manifestações Populares da Secretaria de Cultura de Porto Alegre, Maria Antônia Marques Brasil, explica que alguns materiais serão substituídos por itens mais econômicos.

- Antes alugávamos contêineres para banheiros em certas áreas, mas, dessa vez, serão banheiros químicos. Queremos gastar o mesmo do que em 2015 ou até menos - avalia Maria Antônia.
 
O presidente da Escola de Samba Unidos de Vila Isabel, de Viamão, Cleber Tavares, garante que a escola gostaria muito de se apresentar na sua própria cidade - onde não haverá desfile de Carnaval. Muitos dos integrantes até questionam a direção sobre o assunto.

- Para nós é complicado. Nunca perdemos o vínculo com Viamão. Só chegamos ao desfile de Porto Alegre porque desfilamos e crescemos em Viamão - explica.

A última vez que a escola se apresentou na sua cidade natal foi em 2014, quando ocorreu o desfile pela última vez.

- 80% dos integrantes são de Viamão. E nós sentimos falta de desfilar lá.



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Para economizar, apresentação substitui desfile

Em Esteio, o Carnaval também será enxuto. Não haverá desfile, mas, para a data não passar em branco, três escolas de samba da cidade - Salgueiro, Mocidade e Viradouro - vão se apresentar, no dia 12 de fevereiro, com seus grupos-shows - bateria e passistas.

O mesmo modelo será adotado em São Leopoldo, porém, ainda sem data definida. O secretário de Educação, Cultura e Turismo, Luis Arthur de Bitencourt, afirma que com a apresentação das sete escolas em um palco na Avenida Dom João Becker irá gastar menos de um terço do que seria necessário para bancar o desfile: 

- Esta é a solução para fazer o Carnaval acontecer e fazer com que as pessoas sintam-se contempladas - diz.

Em 2015, São Leopoldo não teve desfile.

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