Ódio nas redes
"Vou até o final", diz Bruno Gagliasso, após prestar depoimento sobre caso de racismo com a filha
Ator esteve na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, no Rio, para prestar queixa por conta dos xingamentos racistas proferidos contra sua filha com Giovanna Ewbank.
Depois dos lamentáveis ataques racistas sofridos pela pequena Titi, de apenas dois anos, filha do casal Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank, o ator esteve na manhã desta quarta-feira, na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), no Rio, para registrar queixa por conta do crime.
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A menina foi adotada por Bruno e sua mulher, Giovanna Ewbank, este ano, no Malauí, na África. Uma foto de Titi publicada por Giovanna em uma rede social foi alvo de comentários preconceituosos.
"Você e seu marido até que combinam, mas a criança que vocês adotaram não combinou muito porque ela é pretinha e lugar de preto é na África", escreveu um usuário cujo perfil já foi excluído.
Na saída, após prestar depoimento, o ator conversou com os jornalistas:
– Preconceito é crime e eu vim aqui para falar disso, falar o que aconteceu, e falei a verdade. Agora, a polícia vai atrás. Racismo se combate com amor e justiça. É por isso que estou aqui, para ir atrás de quem fez. Tenho 100% de certeza de que a polícia vai achar (quem fez as ofensas), vão ter que pagar pelo que fizeram – afirmou.
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Bruno revelou que não foi o primeiro caso de racismo em sua família, mas disse estar determinado em agir para que seja o último.
– Não foi o primero e espero que seja o último. Que esse caso sirva de exemplo e eu vou até o final. A polícia vai achar (o culpado) e quem fez isso vai ter que pagar. É importante não só pela minha família, pela Taís Araújo, pela Preta Gil, é importante pelo nosso país. Por todo mundo. Que sirva de exemplo. Não foi a primeira, mas que seja a última – comentou.
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De acordo com a delegada Daniela Terra, responsável pelo caso, os criminosos vão responder por preconceito, injúria qualificada e, além disso, por crime de racismo. A pena é de reclusão de 1 a 4 anos.
– Nós, até agora, temos dois perfis para identificar. O que quero dizer aqui é que infelizmente há um mal uso da internet, das redes sociais, e os hackers que disseminam o ódio na internet, mas nós vamos identificar apagando ou não os seus perfis – afirmou.
A delegada disse ainda que a polícia investiga a possibilidade desses criminosos terem alguma conexão com os ataques sofridos a Ludmilla e Taís Araujo.
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