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Piquetchê do DG

Família de Gildo de Freitas quer ajuda dos fãs para celebrar centenário do artista

Ideia é montar um acervo sobre ele, que será usado para montar uma exposição

18/02/2019 - 07h00min


Jéssica Britto
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Gildo tem seu nome gravado na história da música tradicionalista

Fãs e admiradores de Gildo de Freitas, o mais famoso trovador do Rio Grande do Sul, podem colaborar com a preservação da história e trajetória do artista. Em 19 de junho deste ano, completa-se 100 anos do nascimento de Gildo, e, para comemorar, a família está em busca de fotografias, vídeos e objetos ligados ao artista. A ideia é marcar a data com uma programação especial, que inclua shows e também uma exposição temporária, promovida em parceria com a prefeitura de Viamão.

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– Eu fui a várias caravanas com meu avô, sei que as pessoas gostavam muito dele, queremos resgatar essas lembranças – destaca Eugênio de Freitas, 53 anos, neto de Gildo.

Promover a história de uma das figuras mais icônicas do tradicionalismo gaúcho é tarefa dos filhos de Gildo Neuza e Jorge. Eles tocam juntos a Caravana dos Freitas, que viaja o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná celebrando os sucessos do pai.

– Meu pai não chegou a ver minhas apresentações. Eu sonhava muito que estava cantando com ele, e foi aí que eu resolvi começar a cantar, quando já tinha 50 anos – relata Jorge, hoje com 73 anos.     

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Celebração

Por onde passa, a caravana é acolhida com carinho por pessoas que sempre apreciaram o trabalho do trovador, conhecido pela personalidade forte, pelo talento e pelo amor por rodeios. 

– Precisamos celebrar Gildo e contar um pouco da passagem dele – reforça Jorge.

Gildo nasceu em Porto Alegre, mas viveu durante anos em Viamão, onde foi sepultado. Além dos filhos Jorge e Neuza, deixou Jorge Tadeu, Paulo, José e Leovegilgo. A esposa Carminha, hoje com 93 anos, mora em Alvorada.

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As aventuras de uma vida desregrada

Gaiteiro, trovador e poeta popular, Gildo de Freitas nasceu em 19 de junho de 1919, no Passo D’ Areia, em Porto Alegre, na época zona rural. Aos 12 anos, fugiu de casa e foi cantar em canchas de carreira e de bocha. Foi preso diversas vezes. Sua trajetória já foi contada em um livro: Gildo de Freitas – coleção Esses Gaúchos, de Juarez Fonseca. 

Em 1941, se casou com dona Carminha e passou a viver em Canoas. O casal teve cinco filhos: Jorge Tadeu, Neuza, Paulo Hermenegildo, José Cláudio e Leovegildo José. Entre 1953 e 1954, Gildo começou a participar de programas de rádio, o que fez com que sua fama crescesse. Em 1955 conheceu Teixeirinha, com quem teve uma amizade conturbada.

Despedida

O cantor gravou seu último disco em 1982. Faleceu no mesmo ano, aos 62, vítima de insuficiência respiratória. Conforme a família, Gildo levou uma vida desregrada.

No dia do seu enterro, em Viamão, muitas pessoas cantavam no cemitério. A cidade estava lotada de fãs que queriam se despedir.  

Freitas era considerado imbatível nos versos de improviso, e a facilidade impressionava até os críticos da música tradicionalista.

Discografia

/// Em 1964 grava, em São Paulo, o primeiro LP “Gildo de Freitas o Trovador dos Pampas”, com clássicos como Acordeona , Baile do Chico Torto, História dos Passarinhos e Que jeito têm a Mariana. 

/// Em 1965, é lançado o segundo LP “O Trovador dos Pampas – Vida de Camponês”, entre outras músicas, Baile de Respeito que é a primeira música gravada pelo Gildo em provocação ao Teixeirinha.

/// Lança em 1966 o terceiro LP Desafio do Padre e o Trovador.

/// Em 1968, chega o quarto LP “Gildo de Freitas e sua Caravana”.

/// Em 1969, é lançado o quinto LP “De Estância em Estância”.

/// Entre 1970 e 1980, grava mais oitos LPs entre ele sucessos como o Ídolo e Rei do Improviso. 

/// Em 1981, ele grava o LP “Rei dos Trovadores”. 

/// Em 1982, grava o disco “Figueira Amiga”.

Fonte: Blog Estância Virtual


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