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Seu Problema é Nosso

Orquestra de Alvorada precisa de apoio para a compra de instrumentos

Cerca de 45 participantes do projeto social se mobilizam em pedágios solidários para a arrecadação dos equipamentos musicais

12/08/2019 - 08h00min


Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal
Aulas de música ocorrem em espaço cedido por igreja

Uma orquestra sem instrumentos. É esta a situação do projeto social que visa oportunizar arte e cultura para moradores dos bairros Salomé, Umbu e Formosa, em Alvorada. A iniciativa de formar a Orquestra Filarmônica Unida é organizada pela pastora Silvana Ester Machado Melo, 49 anos, da Igreja Pentecostal Unidos do Brasil (IPUB). A instituição cede espaço para crianças, jovens e adultos terem aulas de música. Contudo, as lições teóricas chegaram ao fim e, para iniciar as práticas, os alunos precisam dos instrumentos.

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— A igreja está fazendo sua parte, cedendo o espaço físico e disponibilizando professores de música. Mas estamos com dificuldades financeiras para a compra de instrumentos, pois a maioria dos alunos não tem condições de adquirir seus próprios — relata a pastora. 

Mobilização 

Para a arrecadação do valor destinado aos instrumentos, o grupo tem feito pedágios solidários em sinaleiras de Alvorada, aos sábados, e vendido docinhos caseiros. 

— Precisamos de trombone, trompete, violoncelo, violino, viola e saxofone alto, entre outros. Cada participante tem seu instrumento favorito. Em dezembro, queremos fazer nossa primeira apresentação, se tudo der certo — conta Silvana. 

A pastora destaca que serão aceitos instrumentos doados em boas condições. Além disso, ela conta que, no futuro, o grupo precisará de um ônibus para levar os integrantes para apresentações. 

— Não temos patrocinador ou convênio, por isso precisamos de instrumentos que não tenhamos que mandar para o conserto — afirma a mentora. 

Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal
Grupo se reúne para fazer pedágio solidário, em Alvorada

Envolvimento da comunidade

O projeto nasceu dentro da igreja, entre os jovens, e se estendeu para a comunidade. Segundo a pastora, não houve divulgação das aulas de música, mas o envolvimento dos participantes atraiu outras pessoas. Hoje, são cerca de 45 componentes. 

— Queremos dar continuidade e abrir outras turmas daqui uns meses. Antes, precisamos dos instrumentos — diz Silvana. 

A dona de casa Andressa Silva Moreira, 30 anos, participa do projeto ao lado do fi lho Davi Eduardo, 11 anos: 

— Moramos em uma comunidade carente, onde não temos muitas chances como essa. Ver jovens empenhados em fazer os pedágios é emocionante. Estou apaixonada pela iniciativa, pois vai mudar a perspectiva de muitas pessoas. 

Conforme Andressa, durante as aulas, os alunos conheceram diversos instrumentos, emprestados por professores. 

— Quando a orquestra tiver seus próprios instrumentos, eles fi carão totalmente disponíveis aos membros. Serão do grupo, não da igreja — conta a integrante, que diz querer tocar violino

O sonho do recepcionista Lucas Ferreira de Morais, 20 anos, é tocar o saxofone tenor: 

— É uma experiência nova e tem ocupado o tempo de muitos jovens, que, antes, não tinham um foco. Aprender música e tocar um instrumento pode abrir portas. É um projeto que abraça as pessoas. 

Como ajudar

/// É possível fazer doações na conta conjunta do grupo, no nome de Sabrina Bernardo Nunes (integrante), na Caixa Econômica Federal, agência 1437, conta poupança 121.910-4, operação 013.
/// Mais informações sobre depósitos e transferência ligue para (51) 98257-4744, com Sabrina.
/// Para doações e entrega de instrumentos, ligue para (51) 99393-3649, com Silvana.

Produção: Caroline Tidra

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