Polícia



Alunos preocupados

Estacionamento da PUCRS vira alvo de furtos e universidade pede fim do contrato com terceirizada

De acordo com a Brigada Militar, média é de duas ocorrências por semana no local

22/05/2015 - 19h56min

Atualizada em: 22/05/2015 - 19h56min


Facebook / Reprodução
Estudante teve as quatro rodas furtadas do seu carro nesta quinta-feira

A estudante de Relações Públicas da PUCRS Alice Zanin, 19 anos, chegou para a aula já atrasada na noite desta quinta-feira. Estacionou seu carro nas dependências da universidade e, quando voltava com o namorado para pegar o veículo e ir embora, o rapaz chamou a atenção dela:
 
- Isso aqui é o teu carro?
 
Ela olhou para o local apontado por ele, e respondeu:
 
- Não acredito nisso.

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Quando Alice avistou seu Fiat 500 e viu que o veículo estava suspenso por um macaco e sem as quatro rodas, imediatamente foi perguntar aos funcionários da empresa que administra o estacionamento o que havia acontecido.
 
- Tinha dois funcionários olhando. Perguntei o que tinha acontecido. Eles me disseram que tinham roubado as quatro rodas e que não sabiam de mais nada.
 
A jovem acionou a empresa Moving, terceirizada responsável pelo estacionamento da PUCRS. Segundo ela, depois de muita enrolação por parte da empresa, um representante entrou em contato com Alice para se prontificar a fazer a manutenção do carro. A empresa informou à estudante que ainda nesta sexta-feira buscaria o seu veículo para levar a uma oficina e colocar rodas novas no Fiat 500, assim como deixariam ela com um automóvel reserva até que a manutenção fosse concluída. Até as 18h30min desta sexta, a empresa ainda não havia cumprido com as promessas.

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Outras ocorrências
 
Ela não está sozinha no time dos que tiveram ocorrências registradas dentro do estacionamento da PUCRS, que custa R$ 4,50 por dia (preço para alunos). De acordo com a Brigada Militar, a média é de duas ocorrências por semana no local.

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O estudante de Engenharia da Computação Rodrigo Oliveira, 20 anos, também teve problemas no estacionamento. No final do mês de abril, seu carro foi arrombado nas dependências da universidade.
 
- Entrei no carro e vi que tinham arrombado. Não tinha mais rádio, extintor e estepe. Demorou um pouco para cair a ficha que isso estava acontecendo dentro da PUCRS. A fechadura estava destruída, a porta amassada - relatou o estudante.
 
Rodrigo afirmou que, apesar da demora, a Moving lhe depositou o dinheiro do rádio, pagou pelo estepe e comprou o extintor para o seu carro - além da fechadura, que foi arrumada ainda no dia da ocorrência. Quanto à porta amassada, o jovem levou o veículo à oficina indicada pela empresa e apenas nesta semana foi feita a manutenção.

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Fim do contrato

 
A PUCRS emitiu uma nota à imprensa, admitindo que tem conhecimento sobre os problemas relacionados à segurança no estacionamento e que "efetuou a extinção dos contratos de locação com a Moving Vinci Park". Leia o texto na íntegra:
 
"A PUCRS tem conhecimento de eventuais furtos que vêm ocorrendo nas áreas de estacionamentos do Campus e tem cobrado da empresa Moving Vinci Park, locatária e responsável pelas referidas áreas, inclusive pela segurança, mais ações no sentido de coibir e evitar tais ocorrências. A Universidade esclarece que recentemente efetuou a extinção dos contratos de locação com a Moving Vinci Park, estando em tramitação a retomada judicial das áreas de estacionamento. A Universidade determinou o reforço da vigilância no Campus e está tomando as providências cabíveis".
 
A empresa Moving, por sua vez, alegou que tentou fazer investimentos referentes à segurança, como monitoramento de placas de carros e melhoraria da iluminação, mas a PUCRS não permitiu.
 
- Nós não somos uma empresa de segurança. Trabalhamos com o estacionamento e fazemos o preventivo. Mas a PUCRS é a responsável pela segurança no campus - explicou Rafael Barbosa, coordenador de comunicação da Moving.

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Ele também confirmou que tanto a Moving quanto a PUCRS entenderam que a parceria não está mais funcionando, e a empresa não deve mais ser responsável pelos estacionamentos da universidade. Ressaltou, ainda, que essa providência já vem sendo discutida e não se deve aos casos recentes citados na reportagem.
 
Apesar da tramitação, o processo de extinção do contrato ainda deve levar algum tempo para ser concretizado. Rafael garantiu que durante a permanência da Moving na PUCRS, a empresa vai continuar com a melhor qualidade e atenção aos usuários.

Posted by Rodrigo Oliveira on Quinta, 30 de abril de 2015

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* Diário Gaúcho


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