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Boletim de Ocorrência

Renato Dornelles: Foguetórios estão na moda

Colunista do Diário Gaúcho fala sobre comemorações do tráfico

01/06/2015 - 13h17min

Atualizada em: 01/06/2015 - 13h17min


Está virando moda. Depois dos foguetórios em comemoração à morte de um preso, em um condomínio na zona central de Porto Alegre,  agora, uma queima de fogos marcou, no Bairro Restinga, a saída temporária de um condenado do Presídio Central.

O assassinato de Teréu, ocorrido na Pasc, no dia 7 deste mês, e a libertação de Quequeu, na noite de segunda-feira passada, aparentemente eventos contraditórios, tiveram muitos pontos em comum. Um deles é o fato de ambos terem seus nomes envolvidos com o tráfico de drogas. Outro é que os acontecimentos foram decorrentes de falhas do sistema penitenciário: Teréu foi morto no refeitório da penitenciária que, até bem pouco tempo, carregou a fama de "segurança máxima". Quequeu voltou para casa por falta de vagas no regime semiaberto.      

Mas, ao meu ver, o mais significativo nas duas histórias foi os foguetórios que as marcaram. Para muitos que vivem longe dessas comunidades, esses atos são apoiados pela maioria dos moradores locais. Grande engano. São poucos e pouco representativos, embora barulhentos.

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O problema é que a maioria vive submetida à pressão e opressão impostas pelas leis do tráfico, amparadas pelo poder das armas. E os foguetórios são aumentam os problemas, uma vez que fazem crescer o estigma que já atinge, de forma geral, os moradores de periferia.


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