Polícia



Violência na Saúde

 Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre é alvo de assalto durante plantão

Funcionários trabalhavam quando grupo de criminosos invadiu prédio visando caixas eletrônicos

02/12/2018 - 19h56min


Caue Fonseca
Caue Fonseca
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Lauro Alves / Zero Hora
Grupo armado invadiu prédio da Secretaria Municipal da Saúde durante plantão visando arrombar os caixas eletrônicos

A sede da Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre, entre as avenidas Loureiro da Silva e João Pessoa, foi assaltada no início da tarde deste sábado (1). Por volta das 12h30min, entre quatro e cinco homens armados invadiram o prédio e renderam um vigilante. No local, trabalhavam médicos e outros servidores da Central de Controle de Leitos, setor que funciona 24 horas também aos finais de semana.

Segundo relatos feitos pelas vítimas, o grupo recomendou aos funcionários que mantivessem a calma porque o alvo deles seriam os caixas eletrônicos no interior do prédio. Depois de alguns minutos tentando arrombar os caixas, os assaltantes teriam sido avisados de algo por rádio-comunicador e deixaram o prédio sem levar nada. Celulares dos funcionários foram recolhidos durante a ação, mas não foram levados.

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Erno Harzheim, as equipes de plantão foram substituídas e a central segue em atividade. O secretário manifestou solidariedade às vítimas e declarou que a secretaria dará todo o amparo para que se recuperem do trauma. A coordenadora da Central de Controle de Leitos, Denise Soltof, compareceu ao local após o ocorrido.

Após o 9ª Batalhão da Polícia Militar atender à ocorrência, a Guarda Municipal toma conta do prédio. As polícias Civil e Federal também estiveram no local. De acordo com o secretário Harzheim, a primeira providência  da prefeitura será providenciar a retirada dos caixas eletrônicos da sede da secretaria.

Em nota, o Sindicato Médico do RS (Simers) manifestou preocupação com casos de violência na saúde no Estado. Segundo o sindicato, são 15 registros em 2018, nove deles na Capital, e mais de 100 desde 2014. 

"É preciso adotar medidas que barrem os criminosos e garantam normalidade para que as pessoas responsáveis por levar saúde possam fazer seu trabalho sem correr riscos", diz o texto assinado pela presidente em exercício do Simers, Maria Rita de Assis Brasil.


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