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Após denúncias

Polícia Civil investiga 19 casos de fura-filas para vacinação em posto de saúde de Porto Alegre

Mandados foram cumpridos na quinta e nesta sexta-feira na chamada Operação Xepa – 1ª Dose

17/09/2021 - 22h33min


Cid Martins
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Polícia Civil / Divulgação
Dezenove mandados de apreensão foram cumpridos

A Polícia Civil, por meio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), cumpriu 19 mandados de apreensão entre quinta (16) e esta sexta-feira (17) em Porto Alegre na chamada Operação Xepa — 1ª Dose. O objetivo foi buscar provas após várias denúncias de fura-filas para vacinação contra covid-19 em um posto de saúde da Zona Sul.

Os delegados Marco Antônio de Souza e Gabriel Bicca, responsáveis pela apuração, estão verificando várias denúncias desde o início do ano, mas, desta vez, concentraram esforços em casos suspeitos em uma única unidade de saúde. O local não está sendo divulgado, mas GZH apurou que as reclamações de irregularidades teriam ocorrido no posto do bairro Guarujá.

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Um dos fatos mais verificados foi a apresentação de atestados falsos de comorbidades com o objetivo de garantir a vacina antes de outras pessoas que teriam direito à imunização. Os investigados, se comprovada a fraude, vão responder por violação de medida sanitária, mas não se descarta falsidade ideológica e crimes contra administração pública — neste último caso, se for comprovada a participação de algum funcionário público também.

Bicca destaca que o processo é cauteloso e tem o objetivo de verificar todas as denúncias. Segundo ele, existe uma parceria entre Polícia Civil, Ministério Público e Secretaria Municipal da Saúde para conferir todas as irregularidades possíveis em relação à imunização.

— Vamos apurar todos os casos e responsabilizar todos os envolvidos que conseguirmos comprovar as fraudes. Contudo, digo que, felizmente, a maior parte das denúncias é improcedente após nossa apuração. As que a gente comprovar, vamos indiciar todos os suspeitos com base nas provas documentais obtidas — ressalta o delegado.

A Core é a mesma que, há algumas semanas, indiciou quatro estudantes de Medicina da PUCRS por burlarem o sistema com o objetivo de antecipar a segunda dose da vacina contra a covid-19.


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