A Orquestra Sons do Morro surgiu oficialmente em 2015, na escola municipal Profª Judith Macedo de Araújo. Durante esses 10 anos, fez um trabalho de usar a música para mostrar caminhos possíveis para a criançada e a juventude da comunidade.

Uma marca da ação que o grupo realiza é, para além de promover arte no bairro, levar o pessoal da comunidade para dentro desses espaços que ficam nas regiões mais centrais da cidade. Por isso que, nas comemorações deste ano, fizeram apresentações no teatro do Centro Histórico-Cultural Santa Casa e no Teatro Renascença. 

Mas, para fechar 2025, farão o seu tradicional concerto de fim de ano dentro da comunidade. No topo dessa matéria, a foto mostra o espetáculo de 2022, que ocorreu no Mirante do Morro da Cruz. Será nesse mesmo lugar o show que apresentarão sábado (6), às 18h30min.

Além dos alunos do projeto, a ação terá a participação de nomes como Marietti Fialho, Pâmela Amaro, Gelson Oliveira e Paulo Romeu. Esses artistas convidados, durante o ano, também realizaram atividades educativas com os participantes da orquestra.

— A ideia de se apresentar no mirante, um dos lugares que têm uma das vistas mais bonitas de Porto Alegre, foi de tocar para a cidade a partir do morro —  explica a coordenadora, Michelle Cavalcanti. 

Abrir portas

Uma conquista recente da orquestra, diz Michelle, foi a parceria com uma instituição que garantiu bolsas para quatro estudantes, que hoje atuam como monitores do projeto.

Um dos moradores da comunidade que começou como aluno e hoje trabalha como professor é Calebe Pinto Figueira. Ele começou suas aulas com a professora em 2013, quando tinha oito anos. Era o projeto piloto do que, em 2015, virou o Sons do Morro.

— Pra agente que é de comunidade, que muitas vezes não tem noção do que é arte, acaba não conseguindo fazer outra coisa além de crescer, fazer ensino médio e, depois, trabalhar. Como se estivéssemos predestinados. E o grupo de música é isso, um lugar para dar oportunidades — resume ele, que hoje é estudante de Licenciatura em Música da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs). 

O Sarandi é lugar de turismo

A periferia da Capital também tem suas rotas de turismo. E no Sarandi, um trajeto de 2 km é um bom exemplo disso. O projeto é idealizado pelo Coletivo Abrigo. Quando surgiu foi premiado por levar para a comunidade pinturas, visitas guiadas, música e outras iniciativas. Mas o bairro foi um dos mais afetados pela enchente de 2024, e o chamado Beco do Graffiti foi impactado. Recentemente, reinauguraram o roteiro turístico. O projeto, agora, recebeu o nome de Museu Louvre da Periferia. Um espaço que vale conhecer.

Tarde de arte e capoeira

O Instituto Cultural Rasteira na Fome promove mais um grande evento neste domingo (7). Desta vez, eles estarão no Largo Adayr Figueiredo (Rua Vicente da Fontoura, 1919) para o festival “Um novo mundo é possível”. Começa às 14h.

E eles não estarão a sós, pois conseguiram reunir uma galera forte da cena cultural aqui da região. Grupos como Afro-Sul Odomodê, Africanamento, Capoeira Alvorada e outros marcarão presença. Será uma tarde de música, teatro, contação de histórias, roda de samba e, claro, capoeira. Tudo isso gratuito.

Vale destacar que o Rasteira na Fome é um instituto consolidado da Capital. Com décadas de trajetória, faz da capoeira uma ferramenta de transformação social. 

A literatura de Alvorada

Em Alvorada, um movimento busca fortalecer as produções locais. Sábado (6), a partir das 8h, vai rolar a 3ª edição da Feira Literária Independente, dando forte destaque para os escritores da cidade. Inclusive, na programação, eles terão um momento para apresentar um breve resumo de suas obras.

Organizada pela Associação Literária de Escritores Independentes de Alvorada, a feira ainda terá atrações artísticas e sarau com declamação de poesia. O evento será na Câmara Municipal de Alvorada (Rua Contabilista Vitor Brum, 21). Só chegar!