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Escolas ocupadas

Poder público diz monitorar escolas ocupadas e não prevê ações como reintegração de posse 

Secretaria de Educação diz que trata questão como pauta de reintegração

20/05/2016 - 04h06min

Atualizada em: 20/05/2016 - 04h07min


Colégio Estadual Coronel Afonso Emílio Massot foi uma das primeiras instituições ocupadas na Capital

A ocupação das escolas que se espalhou pelo Estado nos últimos dias pode não ter apoio oficial, mas tampouco há uma reprimenda ao movimento por parte do poder público. Governo do Estado, Ministério Público, sindicatos e associações de pais e professores, mesmo que possam não concordar com a maneira como as reivindicações pela valorização da educação têm sido feitas, não preveem ingressar com ações de reintegração de posse na Justiça ou orientar a retirada desses estudantes pela polícia, como ocorreu em São Paulo.

ZH publicou na quinta-feira uma reportagem que mostra como começou o movimento das ocupações e a rotina nas escolas tomadas por estudantes no Estado.

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Grupo de estudantes ligado ao PSOL cria manual para ocupar escolas no Rio Grande do Sul

O Cpers diz não incentivar a atitude de professores que participam das ocupações – alguns acompanhando os alunos por um período, outros até cozinhando para eles e passando a noite nas escolas – e garante que as ocupações são protagonizadas pelos próprios estudantes. Mas como eles são, em sua maioria, menores de idade, a presidente do sindicato, Helenir Aguiar Schürer, considera importante que sejam supervisionados.

– É também para dar uma orientação no sentido de não depredarem, de não prejudicarem o patrimônio da escola. Os professores que estão nessas escolas querem zelar pela segurança dos alunos – diz a educadora.

A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) reiterou nota divulgada na terça-feira, quando afirmou que a ocupação das escolas não será tratada como um caso de polícia, mas como uma pauta de reintegração. Conforme a assessoria do órgão, desde as primeiras ocupações, o diálogo com estudantes tem sido priorizando por meio de visitas das Coordenadorias Regionais de Educação às escolas.

Conforme a secretaria, nenhum contato com entidades que representem os estudantes está sendo feito, pois "se percebe que é um movimento descentralizado". A reintegração de posse, segundo a assessoria, não foi cogitada até o momento.

A diretora da Federação de Círculos de Pais e Mestres do RS, Berenice da Costa, disse não poder se manifestar sobre a participação dos professores nas ocupações dos alunos e sobre a atuação do governo do Estado para contornar a situação. Ela informou que não estava acompanhando os acontecimentos, mas que a federação terá uma reunião nesta sexta-feira para discutir a questão.

O Ministério Público tem acompanhado o assunto, mantendo reuniões regulares com a Seduc, mas ainda não definiu um posicionamento a respeito. A Promotoria Regional de Educação diz que está avaliando a situação internamente.

Até a noite de quinta-feira, conforme a página no Facebook Ocupa Tudo RS, eram cem estabelecimentos sob o controle dos alunos – levantamento de ZH teve confirmação de 37 delas. A Secretaria de Educação do Estado (Seduc) não divulga números.



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