Vida e Estilo



Solidariedade

"Loja" de roupas a céu aberto doa agasalhos para moradores de rua 

Ação foi promovida por grupo jovem do Rotary ao longo do domingo na Redenção

05/06/2016 - 18h17min

Atualizada em: 05/06/2016 - 18h21min


Marcel Hartmann/ Especial
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StreetStore deste ano foi organizada por braço jovem do Rotary International

Quem caminhava pela Redenção no domingo, na José Bonifácio próximo à cancha de bocha, deve ter visto a cena: moradores de rua enfrentavam uma fila, entravam em uma loja a céu aberto e eram atendidos por jovens vendedores que se esforçavam em oferecer os melhores agasalhos, calçados e acessórios disponíveis. O preço não era alto - apenas um sorriso.

A StreetStore, projeto de doação de roupas para moradores de rua que nasceu na África do Sul, teve a sua terceira edição em Porto Alegre neste domingo. Das 14h às 18h, cerca de 3 mil peças, reunidas no último mês, foram entregues a aproximadamente 400 moradores de rua. Cada indivíduo podia levar 12 peças, de camisas sociais listradas a grossos casacos de lã, de cintos de couro a botas para o frio.

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O grupo responsável por organizar o projeto na Redenção foi o Rotaract, braço jovem do Rotary International que reúne pessoas de 15 a 30 anos para desenvolver propostas de liderança e desenvolvimento pessoal. Mas a StreetStore pode ser replicada por qualquer um, basta contatar os fundadores do projeto e pedir autorização, ressalta Rubem Kloss, organizador do evento.

– Nós queremos humanizar a doação e saber para quem ela é feita. Não é só entregar uma sacola de roupas. Os atendentes, que são os voluntários, fazem como em uma loja e procuram as melhores peças para os interessados. Aqui, os moradores têm a oportunidade de escolha - diz Kloss.

De fato, eles tinham total liberdade para provar sapatos, selecionar camisetas e testar o tamanho das roupas. Os cerca de 40 voluntários se ajoelhavam para alcançar os calçados, oferecer o melhor moletom e conduzir os moradores de rua às araras com produtos procurados.

Michael Saraiva Barcelos tomou conhecimento da ação no albergue onde dorme e chegou às 10h na Redenção - cedo o bastante para ajudar os voluntários a descarregar as doações dos carros. Após fazer suas “compras”, ele saiu feliz da loja a céu aberto.

– Isso é ótimo para quem está em situação de rua. Com o frio é pior, a gente passa trabalho. Ninguém vive na rua porque quer – afirma.

Luiz Carlos Pereira de Oliveira estava bem faceiro com o grosso casaco verde e as três camisas que adquiriu.

– É uma atitude muito bonita ajudar quem precisa. Tomara que isso se expanda cada vez mais – diz.

As doações que sobrarem vão ser redistribuídas para associações que trabalhem com moradores de rua.


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