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Saúde do bolso

Remédios mais caros a partir de abril: veja dicas para economizar na compra

Reajuste aplicado a cada remédio irá variar de 2,09% a 2,84%

27/03/2018 - 07h00min

Atualizada em: 27/03/2018 - 16h27min


Erik Farina
Erik Farina
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Os medicamentos devem subir, em média, 2,43% no dia 1º de abril, um pouco abaixo da inflação acumulada em 2017, que chegou a 2,95%. O reajuste aplicado em cada remédio irá variar de 2,09% a 2,84%, conforme a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). 

Embora seja relativamente baixa, a correção serve de alerta para que o consumidor refaça suas estratégias para pesquisar e comprar medicamentos. Afinal, trata-se de uma das áreas de consumo que mais drenam dinheiro dos brasileiros: por ano, são gastos R$ 65 bilhões em medicamentos no país, conforme a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) _ média de R$ 342 por pessoa.

— Como há uma ampla concorrência entre as farmácias, pesquisas em mais de uma rede podem revelar onde estão os melhores preços — explica Edison Tamascia, presidente da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar).

Conforme levantamento do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade, uma instituição de ensino e pesquisa da área farmacêutica, o preço cobrado pelo mesmo medicamento pode variar até 81% de loja para loja. O analgésico Novalgina, por exemplo, é comercializado por R$ 8,70 a R$ 46,50, dependendo da farmácia.

Principalmente para quem precisa de medicamentos de uso continuado, os cartões de fidelidade das farmácias e de grandes laboratórios podem abrir caminho para descontos importantes. Os cortes podem chegar a até 70% em algumas variedades. Em compras frequentes, representam um alívio considerável ao bolso. 

— As redes costumam valorizar a fidelidade dos clientes, então o consumidor deve sempre se informar sobre os planos disponíveis, perguntando ao atendente e pesquisando nos sites — reforça Tamascia. 

Uma recomendação para escapar da alta dos medicamentos é garantir a compra antes do reajuste ou nos primeiros dias de abril, aproveitando os estoques antigos. Os aumentos levam alguns dias até serem repassados pelas redes, período que pode ser de 30 a 40 dias.

Outra alternativa para melhorar a comparação de preços é utilizar a tecnologia: sites e aplicativos gratuitos que pesquisam preços de remédios têm se espalhado e englobado uma boa relação de produtos. O site Melhor Farmácia, por exemplo, traz dados de 60 mil medicamentos, que podem ser pesquisados tanto por nomes comerciais quanto por princípios ativos, em cinco mil farmácias.

— A vantagem é que a pesquisa por esses serviços traz resultados imediatamente — explica Andrea Rodrigues, diretora executiva da Melhor Farmácia.


Seis formas de economizar na compra de medicamentos

- Busque sites e aplicativos que facilitam a pesquisa de preços de medicamentos. Em portais como o Consulta Remédios, Clique Farma e Melhor Farmácia há indicações de farmácias onde o consumidor pode encontrar o preço mais em conta, ou mesmo sugestões de genéricos similares.

- Para incentivar a adesão a tratamentos que envolvem medicamentos de uso contínuo, grandes laboratórios desenvolvem planos de fidelidade que oferecem descontos em farmácias conveniadas. As próprias redes de farmácias têm seus programas de pontos, que prometem redução de até 70% em alguns remédios. A dica é acessar os sites das redes e laboratórios e preencher o cadastro para conseguir os descontos.

- Outra forma de poupar é pedir ao médico que, na receita, seja colocado o princípio ativo do remédio, e não o nome comercial. Levar a receita com o princípio ativo facilita para que o farmacêutico ou atendente ofereça opções fabricadas por diversos laboratórios, e, consequentemente, com valores variados.

- Aproveite programa Farmácia Popular, do Ministério da Saúde, que oferece remédios com preços até 90% mais baixos. Vale destacar que não é necessário comprovar renda ou ter utilizado o Sistema Único de Saúde (SUS) para recorrer ao programa. Basta ir a uma farmácia credenciada, apresentar a receita médica e um documento com foto. A lista das credenciadas está neste site

- Fique atento à lista de remédios gratuitos oferecidos pelo governo. O Ministério da Saúde disponibiliza medicamentos sem custo para diversas doenças nas unidades básicas de saúde (UBS) e muitas prefeituras contam com postos de saúde que usam o mesmo sistema. Nesse caso, também só é necessário apresentar documento e receita médica para retirá-los. Já o programa "Saúde Não Tem Preço" distribui remédios para asma, hipertensão e diabetes. Para retirar, basta procurar redes credenciadas pela Farmácia Popular.

- Também informe-se com seu plano de saúde sobre descontos em medicamentos a seus beneficiários. Em parceria com redes de farmácias, os planos de saúde mais populares costumam oferecer descontos atraentes. Vale dar uma pesquisada no site ou entrar em contato com a Central de Atendimento do seu convênio. 

Fonte: Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias, associação de consumidores Proteste e portal Melhor Farmácia.



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