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Saúde financeira dos gaúchos melhorou em um ano, aponta pesquisa; veja as dicas para deixar as contas em dia

Economia feita entre os ganhos e os gastos mensais, investimentos e presença de dívidas são os indicadores usados 

25/04/2018 - 16h22min

Atualizada em: 25/04/2018 - 16h23min


GZH

A saúde financeira dos gaúchos está um pouco melhor este ano, aponta pesquisa realizada pelo aplicativo de finanças GuiaBolso com os usuários do app. Segundo o levantamento, o Índice de Saúde Financeira (ISF) no Rio Grande do Sul avançou 4,3% entre março de 2017 e março de 2018. No primeiro trimestre deste ano, a melhora foi de 3,5% — mais de duas vezes do que a variação nacional. 

O indicador do Estado fechou março em 423 pontos, enquanto a pontuação nacional foi de 418. O  índice varia de zero a 700 pontos — quanto maior o indicador, mais saudável o bolso do consumidor. No ranking nacional, o RS aparece em quarto lugar.

— A melhora do indicador mostra que, sob alguns aspectos, como a economia feita mensalmente, o gaúcho tem conseguido se sair um pouco melhor do que no ano passado — comenta o CEO do GuiaBolso, Thiago Alvarez. 

O indicador é calculado com base em três parâmetros: fluxo de caixa (a economia feita entre os ganhos e os gastos mensais), investimentos (se a pessoa fez aplicações) e dívidas (se a o consumidor pagou juros de dívidas caras como cheque especial). 

O fluxo de caixa foi o parâmetro que puxou a melhora do indicador no RS. Houve avanço de 7,9% no trimestre. O indicador de dívidas melhorou 1,4%, apontando que o gaúcho pagou menos juros no período. Os investimentos ficaram praticamente estáveis (0,3%). 

A pesquisa foi realizada com os dados financeiros de 69.257 pessoas em todo o Brasil. No Rio Grande do Sul, foram analisados 2.992 usuários do aplicativo. 


Metodologia da pesquisa

O Índice da Saúde Financeira avalia as finanças do brasileiro sob três variáveis: fluxo de caixa, investimento e dívida. Confira:

Fluxo de Caixa: analisa se a pessoa conseguiu economizar, se teve uma renda maior do que os gastos. Quanto maior a economia mensal, maior o indicador. 

Investimentos: mensura quanto foi aplicado. Quanto maior o valor investido, maior o indicador. 

Dívidas: avalia se a pessoa conseguiu evitar juros do cheque especial. Quanto menos utilizar o cheque especial (e portanto pagar menos juros), maior é o indicador. Quanto mais utilizar este crédito, menor o indicador. 

A somatória das notas de cada um dos critérios acima compõe o resultado final da saúde financeira, que pode variar entre zero e 700. Quanto mais próximo a 700 pontos, mais saudável está a finança do brasileiro. 

Três dicas para deixar as contas em dia

1 - Siga a regra 50-15-35

É indicado comprometer 50% da renda com gastos essenciais (mercado, transporte, aluguel etc), 15% com dívidas ou investimentos, se a pessoa não tiver nenhum tipo de crédito, e 35% com estilo de vida (academia, assinaturas, viagens, por exemplo).


2 - Preste atenção às parcelas

Muitas vezes, parcelamos compras olhando o valor da parcela e, quando a fatura chega, ficamos assustados com a soma total. É importante observar as parcelas, mesmo quando elas são pequenas. Indicamos que a pessoa comprometa, no máximo, 5% da renda com parcelas dentro da fatura do cartão de crédito.


3 - Cuidado com os pequenos gastos

Calculamos que, em 20 anos, um gasto mensal custará 300 vezes quando observada a quantia total desta despesa. Ou seja, se o consumidor compra uma pizza por mês de R$ 50, em 20 anos isso lhe custará R$ 15 mil. Com gastos diários, o hábito custa 10 mil vezes o preço unitário. Assim, um café diário de R$ 2 custará R$ 20 mil em 20 anos. Pensar o gasto no longo prazo ajuda, se não a cortar o consumo por completo, a diminui-lo.

 Fonte: Thiago Alvarez, CEO do GuiaBolso




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