O relógio marcava 1h05min da madrugada de sábado quando a chuva apertou no Porto Seco e a Acadêmicos de Gravataí abriu seu desfile apresentando o enredo "São 250 anos. De Aldeia dos Anjos a Gravataí: uma homenagem de amor da onça negra". A pista escorregadia, com água acumulada em alguns pontos, apresentava um risco para os foliões. Muitos dos 1.300 componentes caíram, alguns se machucaram e foram encaminhados para o posto de saúde do complexo. 

A comissão de frente, toda de branco, inaugurou a passarela acompanhada de um enorme bolo para comemorar o aniversário da cidade. A onça negra, símbolo da agremiação, rugia no abre-alas logo atrás. O prefeito de Gravataí, Marco Alba, era esperado na passarela, mas ficou no camarote acompanhando a escola.

Animada e cantando o samba, a representante da Região Metropolitana ocupou todos os espaços da pista e levou o regulamento embaixo do braço, já que não foi possível fazer qualquer "firula" por causa das condições da avenida. Mesmo no momento do recuo da bateria, que representou o trabalhador das indústrias, não houve correria das alas.

No entanto, a última alegoria, nomeada Marco Cultural e Industrial, teve dificuldade de ser manobrada e alinhada na concentração, abrindo uma distância de 50m para a última ala. Houve correria do grupo de apoio nos bastidores, o carro entrou no Porto Seco, mas provocou um buraco e prejudicou a evolução.

Colorida e com fantasias bem acabadas, a agremiação fez um belo trabalho, superou a União da Vila do IAPI em termos de alegria e qualidade do desfile, mas não deve concorrer ao título.

A Acadêmicos de Gravataí recebeu a nota 9,8 dos internautas do Diário Gaúcho.

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