Penúltima escola da primeira noite de desfiles do Grupo Especial do Carnaval de Porto Alegre, a Academia de Samba Praiana entrou na avenida às 3h50min de sábado. Quer dizer, a comissão de frente entrou contando o enredo "Os escudeiros da luz em busca das alegrias da vida em verde e rosa".

O abre-alas, apresentando a escola, travou e os destaques acabaram desfilando no chão - as hastes onde eles deveriam se segurar foram quebradas pela direção para disfarçar a ausência dos componentes. Um buraco de aproximadamente 30m se formou no início da avenida, já comprometendo a evolução. Na pressa de resolver o problema, as alas se misturaram, passaram na frente umas das outras, e alteraram o organograma da agremiação.

O luxo do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Marcelinho e Giza, cujas fantasias custaram R$ 60 mil, contrastou com a simplicidade da ala que seguia. Os componentes estavam de camiseta, pés descalços e um tule na cintura. Como as escolas anteriores, muitos escorregaram na passarela molhada,  especialmente os que estavam sem sapatos, pois a tinta da pista que se soltou do chão passou a agir como sabão.

Assim que passou a bateria, comandada pela madrinha do enredo, a seminua Ângela Bismarchi, a Praiana caiu drasticamente de qualidade. Mais de cinco alas não tiveram adereços de cabeça, incluíndo os músicos, muitos integrantes se recusaram a desfilar com fantasias mal-acabadas e o número de componentes nas alas diminuiu. Somente 30 baianas cruzaram o Porto Seco, sendo o mínimo de 40 cobradas no regulamento.

Mesmo com tantos problemas, a harmonia musical da escola compensou com qualidade e samba na ponta da língua.

A Academia de Samba Praiana recebeu a nota 8,8 dos internautas do Diário Gaúcho.

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