Homem-vento
Levanta e sacode a sujeira
Smam e DMLU usam sopradores de ar para concentrar o lixo recolhido em canteiros, praças e parques da Capital
Eles deixam a cidade limpinha, mas levantam uma poeira... Chamados de sopradores de vento - devido aos equipamentos -, operadores de máquinas da prefeitura estão dando o que falar.
Além de fazer voar folhas secas, papéis amassados e bitucas de cigarro do chão, garis do DMLU e jardineiros da Smam espalham - ainda que de forma involuntária - aquele pozinho que suja a roupa. Apesar disso, facilitam o trabalho das equipes de limpeza, fazendo montinhos que são recolhidos e colocados no carrinho de lixo.
Pedestres nem sempre gostam
Em pontos com grande circulação de pedestres no Centro da Capital, o soprador passou a ser utilizado com muito cuidado. Como no famoso verso de Paulo Vanzolini, os homens-vento estão sacodindo a poeira e dando a volta por cima.
Edmilson dos Santos da Paixão, 19 anos, da Cootravipa, trabalha há cinco meses na função. Gari do DMLU, Edmilson é um craque no manejo do equipamento. Saber o momento certo de alternar a velocidade do vento não influi apenas no trabalho em equipe.
- Quando eu vejo um pedestre passando, eu paro - afirma o jovem.
Serviço reduzido em até 5h
A Smam conta com 15 máquinas. No DMLU, a equipe de varrição da Capatazia Centro conta com 85 garis - dois deles atuam como sopradores. O chefe da equipe Miguel Garcia Pereira, ressalta a eficiência do equipamento.
- O trabalho é muito mais rápido. A varrição nas avenidas Loureiro da Silva e Augusto de Carvalho, até a Rótula das Cuias, leva cerca oito horas. Com o soprador, o serviço é feito em três horas - garante Miguel.
O soprador não é uma ferramenta de trabalho apenas para órgãos públicos. Empresas privadas, que adotaram áreas verdes, também o utilizam.