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Campanha da EPTC

Pedestres com fones de ouvido correm mais riscos de atropelamentos

As pessoas ficam ainda mais distraídas e podem ser atropeladas ao atravessarem a rua

25/07/2012 - 06h52min

Atualizada em: 25/07/2012 - 06h52min


Pedestres que usam fones de ouvidos tem mais chances de serem atropolados

A música pode ser um bálsamo para quem precisa desanuviar as ideias, espairecer e desviar dos problemas. Mas essa saudável distração, somada ao trânsito agitado da Capital, pode resultar em uma combinação perigosa: pedestres com fones de ouvido correm mais riscos de atropelamentos, conforme constatação da EPTC.

Marcelo Madruga, da Gerência de Educação para o Trânsito da EPTC, explica que quem usa fones para escutar música perde a atenção auditiva - não repara nos sons do trânsito, como buzinas, freadas, aproximação de ambulâncias, por exemplo, além de não perceber possíveis alertas em relação à segurança (fica mais vulnerável a assaltos e furtos). Já o pedestre que utiliza o celular para envio de SMS, para acessar as redes sociais ou outras tecnologias no telefone, perde também a atenção visual.

- A pessoa pode usar a tecnologia, mas de forma segura. O fone pode ser usado apenas em um ouvido. Para enviar a mensagem, o ideal é parar em local seguro - observa Marcelo.

Não ouviu a buzina

Para o guarda municipal Flávio Luís Santos dos Santos, 47 anos, ouvir música enquanto se desloca pelas ruas não atrapalha a concentração no trânsito.

- Não me atrapalha porque uso o fone em um ouvido só e com o volume baixo - disse Flávio, que prefere ouvir pagode lento, para espairecer.

O garçom Everton Daniel Silva da Luz, 28 anos, também não vê problema em usar fones enquanto caminha.

- Já estou acostumado a andar no Centro e o som não é tão alto que eu não consiga ouvir (o barulho dos carros).

Já o auxiliar administrativo Gabriel Lemos, 22 anos, revela que quase foi atropelado enquanto fazia uma travessia usando fones nos dois ouvidos e no volume máximo.

- Eu não ouvi a buzina do motorista e depois ouvi xingamentos - contou Gabriel, que também costuma falar ao celular com os fones.

Saiba mais
- O pedestre que gera maior preocupação à EPTC é o idoso, mas é crescente a preocupação também com os jovens, que mais utilizam celulares tanto para ouvir música quanto para enviar mensagens e acessar a internet.

- Mesmo com a redução dos índices de acidentes no primeiro semestre de 2012 na Capital, os atropelamentos envolveram 646 pessoas (150 por motos), com 11 mortes.

- Nas ações programadas para 8 de agosto, Dia do Pedestre, os agentes de educação para o trânsito da EPTC vão reforçar o alerta a quem caminha com fones de ouvido. Na oportunidade, a empresa pretende divulgar material educativo, distribuir adesivos e camisetas.


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