Manutenção necessária
Ponte entre as ilhas Mauá e Pintada recebe reparos
Estrutura construída há um ano pelo Estado apresenta desnível
A assessoria de imprensa da Smov esclarece que "estamos realizando a recuperando do pontilhão existente, substituindo as madeiras danificadas e reforçando a estrutura com pranchões de madeira. A previsão de término dos trabalhos de recuperação é esperado para a próxima semana".
Cerca de um ano após a construção da ponte entre as ilhas Mauá e Pintada, em Porto Alegre, os moradores identificaram um novo problema: o desnível da estrutura. Com o tráfego de veículos pesados, a ponte de madeira está com tábuas tortas e há buracos, que podem causar um acidente. Diariamente, transitam moradores que vão ao trabalho ou à escola.
Nesta segunda-feira, a Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov) esteve na ponte e inicou a colocação de tábuas longitudinais, como um trilho, que devem evitar o desgaste das tábuas. O trabalho de reparos deve durar três dias, segundo o encarregado da obra, Gibaciel da Silva.
Morador da Ilha Mauá há 30 anos, o pescador Daltro Dias de Andrade, 62 anos, alerta que o desejo da comunidade era uma ponte de concreto. Ele lamenta a situação e relembra o quanto foi gasto na obra.
- Essa ponte custou R$ 144 mil, mas ficou assim. Acho que é pouco, pois passará apenas um carro por vez ali.
Gestora da Área de Proteção Ambiental e do Parque Estadual do Jacuí, Vânia Mara Ângelo da Costa, ajuda os moradores na questão da ponte.
- Na semana passada, uma jovem caiu num buraco quando voltava da escola e quebrou o joelho. Ainda há o que fazer na ponte, como a manutenção das encostas e, como diz a prefeitura, amarrar as escoras - alerta a bióloga.
Acima, a ponte com desnível. Abaixo, como deve ficar com os reparos.
Foto: Juliana Mello
Entenda o caso
O DG acompanha o caso desde 2003, quando apenas uma pinguela unia as duas ilhas. Em 30 de maio deste ano, o Diário Gaúcho esteve na nova estrutura pela primeira vez. A ponte, construída pelo Daer, foi feita sem os pranchões longitudinais, que teriam evitado o desgaste das tábuas. Na época, a Smov, responsável pela manutenção, afirmou que a compra para o material já havia sido solicitada.