Pessoas com deficiência, cadeirantes e idosos com dificuldade de locomoção estão impedidos de acessar os três elevadores da Estação Mercado Público do Trensurb, no Centro da Capital. O contrato de manutenção dos equipamentos terminou em março e não foi renovado. Uma escada rolante de saída está estragada. Na sexta-feira, a reportagem tentou acessar o elevador localizado na calçada do Mercado Público, mas encontrou a porta de acesso fechada.

Deficientes cruzam avenida

Dono de um ponto comercial localizado em frente ao setor destinado aos usuários especiais, Arno de Paoli, 73 anos, já viu da porta de sua loja várias tentativas frustradas.

- Às vezes, chegam pessoas de cadeiras de rodas aqui e não conseguem entrar. Elas têm que cruzar a Júlio de Castilhos para acessar a estação pela rampa do outro lado -denuncia Arno.

Márcia teve de ir de carro

Na quarta-feira passada, a vendedora autônoma Márcia da Silveira Souza, 35 anos, foi vítima desse tipo de impedimento em outro ponto. Ela queria embarcar na Estação São Luís, de Canoas, e seguir até Porto Alegre, para uma consulta médica, mas não conseguiu ingressar na plataforma de embarque. A estação não tem elevador e a escada rolante estava danificada.

O marido de Márcia, Fabiano Justo Souza, 37 anos, reclamou. Minutos depois, a empresa enviou um carro de passeio que levou a usuária e seu companheiro até a estação Mercado, na Capital.

- Ela ficou esperando uns 40 minutos até tomarem uma decisão. Não é apenas ali. Na estação Petrobras, não tem elevador e escada. Lá, ela já foi carregada por funcionários pela escada de concreto - afirmou Fabiano.

Serão mais dois meses de espera

De acordo com a assessoria de comunicação da Trensurb, o problema na escada rolante da Estação São Luís foi momentâneo. O equipamento já está funcionando.

Com relação à manutenção da escada e dos três elevadores da Estação Mercado, a Trensurb informa que o contrato com a empresa que prestava o serviço não foi renovado. O processo de contratação de uma substituta está em andamento. Houve atraso por falta de previsão orçamentária. Os equipamentos estão desde o fim de março sem manutenção. A promessa, é de que os reparos deverão ser feitos em até 60 dias.