Só de olhar desanima. Brincar, então, nem pensar. E ainda com a grama daquele tamanho... Com este cartão de visitas, a pracinha para crianças do Centro de Comunidade da Vila Floresta (Cecoflor), na Zona Norte da Capital, mais afugenta do que atrai. Quem busca um espaço mágico e convidativo, encontra uma área mal cuidada, com brinquedos velhos e equipamentos danificados.

Pai ficou indignado

Ontem, gangorras e balanços estavam parados e o escorregador de madeira sem ninguém para brincar. A praça que deveria ser de alegria não passa de uma ilusão. A reportagem do DG foi ao Cecoflor motivada pela denúncia de um pai.

O músico Maicon Paquetá, 27 anos, levou o filho ao centro comunitário, mas desistiu de brincar com ele por ali.

- Achei um absurdo a calamidade dos brinquedos. Como querem que as pessoas usufruam o local, se ele está jogado? - desabafou.

Só há um funcionário

O coordenador do Centro, Eli Thomé, admite o estado precário, mas atribui a culpa aos vândalos, que destroem e furtam, e a alguns frequentadores, que usam os brinquedos de forma inadequada. Eli dispõe apenas de um funcionário para fazer a manutenção do Cecoflor. Mesmo assim, outras áreas estão em bom estado.

- Pintamos os brinquedos recentemente, mas já roubaram madeira e até areia da praça. Nos colocamos, e eles roubam - lamenta Eli.

Orçamento pequeno

A Secretaria Municipal de Esportes, que administra dois ginásios, uma clínica de fisioterapia e sete centros comunitários, é o patinho feio da administração municipal quando o assunto é recursos. Dos R$ 5,3 bilhões do orçamento da prefeitura para 2013, o órgão levará apenas R$ 15,5 milhões. Deste total, sobram R$ 700 mil para investimento.

O secretário José Edgar Neurer diz que faz o que pode:

- Se não tenho dinheiro, vou atrás de parceria público-privada e peço apoio para outras secretarias. No caso da Cecoflor, solicitarei o corte da grama ao DMLU e a manutenção dos brinquedos à Smam.