Cemitérios de todo o Estado recebem nesta sexta-feira, desde as primeiras horas da manhã, a visita de gaúchos que fazem do Dia de Finados uma oportunidade para lembrar parentes e amigos que já se foram. Eles levam flores aos túmulos, acendem velas e oram silenciosamente por aqueles que não podem mais estar em sua companhia.

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Por outro lado, algumas famílias começam a trocar o cemitério pelos crematórios. Com as cinzas dispersas ao vento e sem o corpo dentro de uma sepultura para reverenciar, as pessoas buscam um ponto de referência onde possam prestar tributo. Para outros, esse local da aspersão pode virar o endereço das homenagens póstumas

Em 15 anos, a proporção de famílias de Porto Alegre que se decidem pela cremação já alcançou a faixa dos 15% - índice que os norte-americanos demoraram um século para atingir a partir da inauguração do primeiro crematório.

- O normal é a família aspergir as cinzas em um local que a pessoa gostava, como o mar, um rio, uma praça - revela Márcio Rolim, coordenador do Cemitério João XXIII.

 
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Foto: Tadeu Vilani, Agência RBS