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Trabalho no veraneio

São 1,5 mil vagas no Litoral Norte. E vão abrir mais

Dá para faturar e aproveitar o verão

17/11/2012 - 11h04min

Atualizada em: 17/11/2012 - 11h04min


Débora de Mello começou como temporária e virou efetiva

Quem está desempregado, ou quer aproveitar o movimento no Litoral Norte para faturar um a mais durante o verão, não precisa fazer muito esforço para achar vagas: basta circular pelas principais avenidas e ruas das praias para encontrar ofertas de trabalho temporário estampadas nas vitrinas das lojas e balcões de outros estabelecimentos comerciais. Quem for às agências FGTAS/Sine, ou aos supermercados, também verá cartazes divulgando as oportunidades, já que a alta temporada do comércio e serviços está chegando.

O Diário Gaúcho circulou entre as praias de Tramandaí e Quintão e descobriu que, no momento, há mais de 1,5 mil vagas a serem preenchidas e muitas mais a serem abertas até as vésperas do Natal.

Confira como garantir a sua!

Dificuldade para preencher postos

Proprietário de duas lojas de roupas e de uma sorveteria em Tramandaí, André Cavalleri precisa preencher 12 vagas em seus estabelecimentos. Ele conta que, geralmente, costuma contratar temporários no mês de outubro, mas está tendo dificuldade de encontrar profissionais. Na vitrina da loja, um cartaz informa a necessidade.

- Ano passado já foi difícil. As pessoas já não querem mais trabalhar sábado e domingo, mas as melhores vendas acontecem nesses dias. Eles querem o emprego, mas querem aproveitar a praia também - afirma.

Chances para todos

Fábio André Zanotti é gerente de um supermercado de Nova Tramandaí. Ele conta que precisa estar com a equipe completa até a metade do mês de janeiro. São esperados
45 temporários em todas as áreas. Segundo ele, pessoas sem experiência, com mais idade e com deficiência podem buscar a oportunidade de trabalho no Litoral, com possibilidade de efetivação posterior (já que há mercados que ficam abertos o ano todo).

Para preencher as vagas, é oferecido outro atrativo: jornadas de trabalho que podem ser de 4 horas ou 6 horas diárias.

- O pessoal vem para a praia, trabalha para fazer um dinheiro e pagar o veraneio - ressalta.

Débora de Mello, 18 anos, é caixa operadora. Ela não tinha experiência e começou a trabalhar como temporária no verão passado. Foi bem e garantiu sua vaga efetiva.

- A pessoa tem que querer, tem que ser ágil, ter responsabilidade - ensina.

Já a empacotadora Morgana Scrinz Petersen, 22 anos, que ocupa uma vaga de PCD, dá outra dica:

- Tem que gostar de lidar com o público.

Temporários querem mostrar serviço

Há pouco mais de um mês, Paula Carinne Costa Fernandes, 20 anos, faz parte do time de trabalhadores temporários que vão atuar no comércio de Cidreira. Vendedora de uma loja de roupas e calçados, ela está em treinamento, aprendendo com as colegas mais experientes, para estar dominando a rotina da loja quando o forte da clientela aportar em Cidreira.

- Tem que se esforçar para manter (o emprego) no inverno. No comércio, tem que ter simpatia, saber conversar com o cliente - observa.

A proprietária da loja, Camila Souza Ouriques, conta que diariamente recebe candidatos às oito vagas que estão abertas desde outubro. Ela destaca que é preciso treinamento de um mês para que o vendedor adquira o pique necessário para o trabalho.

Falta qualificação

A falta de qualificação é o principal entrave para contratações  na área da hotelaria. A observação é de Aurélio Weber, gerente administrativo de um hotel tradicional de Tramandaí. Ele conta que é necessário treinar  candidatos. Na alta temporada, com os temporários, chega a dobrar o quadro.

- Temos que nos adaptar ao mercado e a cada ano está mais difícil completar o quadro. Garçom, por exemplo, é bem complicado de conseguir. O trabalho não é difícil, mas é preciso saber lidar com o público.

Vontade

A coordenadora da agência FGTAS/Sine Tramandaí, Franciane Hagy Frantzeski, diz que os empregadores estão cientes de que há falta de mão de obra.

- Há áreas em que o trabalho pode ser desempenhado por quem tem vontade de trabalhar. Quem tem disponibilidade e comprometimento está sendo empregado - destaca Franciane.

Saiba mais

- O Grupo Asun tem 400 vagas abertas em todas as áreas. Os profissionais temporários são esperados nas lojas de Quintão, Balneário Pinhal, Cidreira, Nova Tramandaí, Tramandaí, Mariluz, Imbé (a ser inaugurada no final deste mês), Capão da Canoa e Osório.

- Se quiserem, os temporários poderão escolher jornadas de 4 horas ou 6 horas diárias. Os idosos também são bem-vindos e 20% das vagas são destinadas a pessoas com deficiência.

- As inscrições devem ser feitas diretamente nas lojas.

- No Nacional, são 600 vagas disponíveis para diversas áreas, com possibilidade de efetivação.

- Os interessados podem se candidatar diretamente nas lojas Nacional de Osório, Santo Antônio da Patrulha, Imbé, Tramandaí, Capão da Canoa, Xangri-Lá e Torres.

- Na agência FGTAS/Sine de Tramandaí, há 240 vagas em supermercados, 70 vagas em farmácias, 100 oportunidades na área da gastronomia e 100 para comércio, serviços e construção civil.

- No Sine de Cidreira, há 50 vagas para área de produção de uma empresa calçadista.


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