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Prefeituras apertam o cinto

Sem dinheiro, a bola não vai rolar em Viamão

Contenção de gastos fez prefeitura cortar verbas para torneio de futebol amador. Rodada deste fim de semana foi suspensa

09/11/2012 - 07h40min

Atualizada em: 09/11/2012 - 07h40min


Pelos menos 1,2 mil atletas de 42 times amadores de diversas categorias de Viamão correm o risco de ficar sem o futebol de final de semana. O motivo é o corte de gastos na secretarias para que o atual gestor, o prefeito Alex Boscaini, consiga terminar o mandato sem entrar no vermelho e não seja enquadrado pelas Leis da Responsabilidade Fiscal e da Ficha Limpa.

Diante da orientação de passar a tesoura em investimentos, a Secretaria Municipal de Educação suspendeu a verba de R$ 7,9 mil destinada ao 6º Encontro Viamonense de Futebol Amador (Evifam).

Verba foi suprimida

A verba seria usada, principalmente, para o pagamento de arbitragem. Mas o campeonato começou no dia 30 de outubro e o dinheiro não chegou.

- Veio o pedido para que todas as secretarias fizessem análise do que poderia ser cortado de gastos. E, feita essa análise, poderia ser suprimida essa verba - explica o secretário de Esportes, Alexandre Godoy.

A justificativa de Alexandre é de que a Associação Viamonense de Esportes (Avesp) teria recebido uma verba estadual para o campeonato, e, por isso, não haveria tantos prejuízos. O presidente da Avesp, Valdir Maciel Lemos, 57 anos, nega essa afirmação e rebate:

- Não recebemos verba nenhuma.

Novidades na segunda-feira

Diante do impasse, foi realizada uma reunião na manhã de ontem com a presença do secretário, do presidente da associação e de representantes de alguns clubes. A rodada do final de semana está suspensa. E, na próxima semana, a história promete ter mais um capítulo.

- O secretário ficou de ver até segunda se consegue a verba e nos dar um retorno.

A versão de Alexandre é um pouquinho diferente:

- Vou verificar a possibilidade de usar os complementos de R$ 3 mil, que seriam para a premiação, para pagar a arbitragem. Não ficamos com nenhuma obrigatoriedade.

Gurizada fica na vontade

Presidente do time de futebol Oriente, que conta com crianças e jovens acolhidos no projeto social da Tia Lolô, Sidnei Pinheiro Martins, 53 anos, percebe no dia a dia o impacto da falta de verbas da prefeitura. Pelo menos 22 meninos com cerca de 12 anos terão de segurar a fome de bola em função da indefinição.

- A gente tá com o time pronto, fardamento, tudo na mão. Eles estão todos chateados, é o único futebolzinho que eles têm - lamenta.


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