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Este verão promete na praia do Lami
Abertura da temporada na orla do Extremo Sul da Capital atraiu milhares de banhistas loucos por um mergulho para espantar o calorão

Se todos os domingos forem como o de ontem, o verão que se aproxima será um daqueles difíceis de esquecer. O céu limpo e azul, a água morninha e a temperatura de esquentar cerveja em copo gelado brindaram os banhistas que invadiram a praia do Lami, no Extremo Sul da Capital.
A prefeitura de Porto Alegre aproveitou a abertura da temporada para divulgar ações feitas, como capinas e consertos, e a programação de eventos na orla da cidade.
Curtiram a paisagem
Por volta das 11h, a areia era um colorido só e o Guaíba ficou o lugar ideal para quem queria refresco. Crianças, jovens e adultos mergulharam para espantar o calorão. Outros, como o motorista Aimoré Souza, 61 anos, e a comerciária Margarete Pereira, 55 anos, preferiram curtir a paisagem da beira da praia. Sentados em cadeiras e protegidos por um guarda-sol, o casal tomava chimarrão.
- Chegamos às 9h, colocamos o carro na sombra e garantimos uma churrasqueira para assar a carne - disse Aimoré, que nesta época frequenta as praias da Zona Sul e nas férias se manda para o Litoral Norte.
Tempo bom para bares
Com a carne no fogo, o comerciante José Batista Schuquel, 37 anos, aguardava a chegada dos primeiros clientes no Bar Paraíso Tropical. O aluguel do espaço de novembro a março, com moradia no pavimento superior, custou R$ 5 mil. Investimento que ele pretende recuperar na temporada que se anuncia. Ontem, por exemplo, José tinha 15 caixas de cerveja no estoque.
- Vai ter domingo que vai faltar mercadoria. Se tiver sol, eu estarei grande - brincou José, que nesta época se muda do Bairro Cavalhada para o Lami.
Preços
Almoço R$ 10
Quilo da costela assada; R$ 22
Cerveja de litro: R$ 8
Cerveja 600ml: R$ 6
Cerveja (latão): R$ 3,50 e R$ 4
Refri: R$ 3
Cachorro quente + refri: R$ 4
Milho verde: R$ 2
De Viamão para o Extremo Sul
Sob a sombra das árvores ou embaixo de quiosques, famílias preparavam o churrasco dominical. Os mais velhos cuidavam o fogo para não queimar a carne. Moradores do Bairro São Tomé, em Viamão, os Dutra chegaram cedo para garantir um bom espaço. O grupo de dez pessoas se deslocou em dois carros.
- Tem pai, irmão, filho, primo, cunhado, veio todo mundo. Duas vezes por mês, a gente vem aqui - lembrou o vigilante Luciano Leite Dutra, 31 anos.
O pai e também vigilante Santo Oli Dutra, 55 anos, fez uma brincadeira com a sua profissão:
- É mais fácil ser vigilante do que assar a carne e agradar todo mundo - afirmou.