Há meses, frequentadores da Praça da Alfândega, no Centro da Capital, não dispõem de banheiros públicos para se aliviar na hora do aperto. Incluída no Programa Monumenta, a praça ficou muito tempo fechada e sendo reformada para readquirir as características que possuía no início do século 20. E após a retirada dos tapumes, o velho banheiro já não existia mais.

Dois módulos com seis banheiros

Segundo a Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov), a obra de construção dos novos módulos com sanitários masculinos, femininos e para cadeirantes ficará pronta somente em abril. Está na fase de concretagem das cortinas frontais, instalação sanitária e elétrica, reboco, pintura e colocação das esquadrias. Serão dois módulos, cada um com três banheiros (um feminino, um masculino e um para cadeirante).

Até lá, o jeito é pedir uma licencinha para usar o banheiro em bares e restaurantes do entorno ou acessar de graça sanitários do Rua da Praia Shopping ou do Centro de Saúde Santa Marta.

Mal educados fazem na rua

Mesmo com estas alternativas, a engraxate Vera Regina Pereira da Silva não suporta mais despejar desinfetante todas as manhãs atrás das cadeiras da praça para amenizar o cheiro insuportável de urina.

- Tem uns que fazem na rua mesmo e ainda discutem com a gente. Mas muitas pessoas me perguntam onde tem banheiro. Indico o do shopping e o do Santa Marta - revelou Vera.

Praça Otávio Rocha também não tem

Além da Praça da Alfândega, outra pracinha no Centro também não tem onde fazer xixi: a Otávio Rocha, entre a Avenida Alberto Bins e as ruas Otávio Rocha e Senhor dos Passos, reinaugurada em setembro do ano passado, sem os banheiros.

Os banheiros públicos mais próximos ficam na Praça Dom Feliciano, entre a Senhor dos Passos e a Rua Professor Annes Dias (em frente à Santa Casa). Também há sanitários gratuitos na Praça Parobé.

Aqui, só pagando

O serviço é cobrado no Mercado Público (R$ 0,30), no Camelódromo
(R$ 2) e na Rodoviária (R$ 1,75) - nesta última, também há sanitários de uso gratuito.

No banheiro masculino do Mercado, entram cerca de 300 pessoas por dia, garante Helenice Peixoto Machado, 28 anos. Há dois anos, ela controla o entra e sai num dos quadrantes do prédio.

- Clientes de alguns restaurantes do Mercado recebem tíquetes de acesso gratuito - afirma Helenice.