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Tortura no presídio de Joinville: 20 agentes já foram ouvidos

Agentes do Deap alegaram que os atos violentos ocorreram porque os detentos estariam se rebelando

07/02/2013 - 08h07min

Atualizada em: 07/02/2013 - 08h07min


Cena mostra agentes atirando contra detentos

Pelo menos um dos 14 agentes do Departamento de Administração Prisional (Deap) envolvidos no episódio de tortura no presídio é de Joinville. A informação é da delegada corregedora da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, Caroline de Bona Portão, que está à frente da sindicância.

A investigação apura denúncias de tortura dentro do presídio no dia 18 de janeiro durante uma operação pente-fino feita por agentes do Deap. Até quarta-feira, 20 agentes já haviam sido ouvidos. Segundo Caroline, os agentes do Deap alegaram que os atos violentos ocorreram porque os detentos estariam se rebelando.

- Eles dizem que os presos estavam tentando incitar uma rebelião -, disse.

Dos 14 agentes que participaram da operação pente-fino, seis foram afastados de qualquer atividade.

- Eles estão proibidos de entrar nos presídios -, conta a delegada.

Os demais foram afastados de suas funções operacionais e estão executando atividades administrativas. MP acompanha caso O Ministério Público de Santa Catarina está acompanhando a investigação da Polícia Civil e a sindicância aberta para apurar as denúncias de tortura.

Na segunda-feira, o procurador-geral de Justiça em exercício, Antenor Chinato Ribeiro, conversou com os promotores de Justiça de Joinville e com a coordenadora administrativa das promotorias de Justiça da comarca, Diana Spalding Garcia, com o objetivo de articular as ações necessárias à apuração dos fatos e das responsabilidades.

Ficou acertado que os promotores vão acompanhar o inquérito e o procedimento administrativo e, quando concluídas as investigações, vão promover ações judiciais para responsabilização dos culpados.

>>>Imagens de circuito interno mostram violência


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