Segurança
Tortura no presídio de Joinville: 20 agentes já foram ouvidos
Agentes do Deap alegaram que os atos violentos ocorreram porque os detentos estariam se rebelando

Pelo menos um dos 14 agentes do Departamento de Administração Prisional (Deap) envolvidos no episódio de tortura no presídio é de Joinville. A informação é da delegada corregedora da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, Caroline de Bona Portão, que está à frente da sindicância.
A investigação apura denúncias de tortura dentro do presídio no dia 18 de janeiro durante uma operação pente-fino feita por agentes do Deap. Até quarta-feira, 20 agentes já haviam sido ouvidos. Segundo Caroline, os agentes do Deap alegaram que os atos violentos ocorreram porque os detentos estariam se rebelando.
- Eles dizem que os presos estavam tentando incitar uma rebelião -, disse.
Dos 14 agentes que participaram da operação pente-fino, seis foram afastados de qualquer atividade.
- Eles estão proibidos de entrar nos presídios -, conta a delegada.
Os demais foram afastados de suas funções operacionais e estão executando atividades administrativas. MP acompanha caso O Ministério Público de Santa Catarina está acompanhando a investigação da Polícia Civil e a sindicância aberta para apurar as denúncias de tortura.
Na segunda-feira, o procurador-geral de Justiça em exercício, Antenor Chinato Ribeiro, conversou com os promotores de Justiça de Joinville e com a coordenadora administrativa das promotorias de Justiça da comarca, Diana Spalding Garcia, com o objetivo de articular as ações necessárias à apuração dos fatos e das responsabilidades.
Ficou acertado que os promotores vão acompanhar o inquérito e o procedimento administrativo e, quando concluídas as investigações, vão promover ações judiciais para responsabilização dos culpados.
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