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Diário não esquece

Canil de Gravataí agora é lugar bom pra cachorro

Um ano depois de denunciar cenas de horror no canil municipal de Gravataí, DG encontrou local limpo e animais bem tratados. Que tal adotar um deles?

08/03/2013 - 07h22min

Atualizada em: 08/03/2013 - 07h22min


Se eles pudessem falar, diriam que a nova casa está muito mais confortável. Como não podem, latem e abanam os rabos ao ver passar os seus cuidadores. As demonstrações de satisfação dos 320 cães do Canil Municipal de Gravataí comprovam que a realidade mudou muito em um ano.

Em março de 2012, o Diário Gaúcho denunciou as péssimas condições do espaço, que não oferecia alimentação e cuidados adequados.

Ainda entram mais do que saem

A partir disso, com o acompanhamento do Ministério Público e ações da prefeitura, a situação se modificou.Os cães, que antes ficavam soltos diante do prédio, estão em baias separadas ao fundo do terreno. São 60: 12 individuais para cachorros agressivos, 36 coletivas para oito a dez animais e 12 que serão gatil.

Está em andamento a construção de mais 24 baias individuais. Além disso, haverá sala cirúrgica. E a adoção está sendo incentivada.

- Todos os sábados, fazemos uma feira na praça central. Infelizmente, ainda entram mais do que saem - relata a coordenadora do canil, Márcia Becker, 43 anos.

Os animais recolhidos pelo canil são vítimas de maus-tratos ou atropelamentos. Eles são tratados e castrados.

Para adotar

A feira ocorre aos sábados, das 9h às 17h, na Praça Borges de Medeiros. Durante a semana, você pode se dirigir ao canil (Estrada Leonel Cabeleira Bitelo, 271). Telefone: 3486-0229.

"É uma luta que vale a pena"

Entre as 11 pessoas que trabalham no local, Cleber Feiten dos Reis, 50 anos, é o único que tem uma trajetória mais longa por lá: está há quatro anos. Todos os outros chegaram após a intervenção do MP.

- Em vista do que era, melhorou 100%.

Cleber será o zelador do local, assim que a casa estiver concluída. Ele conta que o dia a dia é de bastante trabalho, mas a recompensa se dá no carinho demonstrado pelos animais. Emocionado, Cléber conta:

- A gente vê aquele bichinho chorando, chorando, e daqui a pouco vai ficando bom. Tem a mão de todo mundo. É uma luta que vale a pena.


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