Na luta contra a dengue, a presença de larvas do mosquito Aedes aegypti em recipientes com água é o maior inimigo, mas não o único. A resistência de muitos moradores para abrir suas casas também atrapalha o serviço dos agentes.

Na tentativa de ajudar a população, o coordenador da Vigilância Sanitária Municipal de Porto Alegre, José Carlos Sangiovanni, revela como os agentes de saúde se apresentam:usam coletes e mochilas cinzas, com a inscrição "Porto Alegre Contra a Dengue", ou azuis em nome do Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf). Ambos trazem o nomes da prefeitura e da Vigilância em Saúde.

Telefone em caso de desconfiança

Os agentes portam crachás com seu nome e atuam sozinhos ou em duplas. Na mochila, carregam o material de trabalho para coletas. Além disso, usam aparelho parecido com um celular para anotar os dados.

José Carlos diz que eles conversam com os moradores e pedem permissão para entrar. Se você tiver alguma dúvida ou suspeita de que seja um golpista, anote o nome dele e ligue para 156 antes de abrir o portão.

- Não tivemos nenhuma denúncia de pessoas que se apresentaram como agentes sem sê-lo - garante José.

58 casos: aumento de 38% em uma semana

A prefeitura divulgou novo balanço da dengue. Porto Alegre está com 58 casos, dos quais 33 são de pessoas que foram contagiadas em viagem e 25 são autóctones (contraída na cidade).

Entre os pacientes infectados na Capital, 16 residem no Bairro Partenon, três no Navegantes e um em cada um destes bairros: Bom Jesus, Jardim Botânico, Santana, Cristal, São José e Vila Jardim. Até agora, foram investigados 345 casos suspeitos em Porto Alegre. Neste número, estão 317 moradores da Capital e 28 residem em outros municípios.

Saiba mais

A dengue é uma doença de causa viral e que pode ter evolução benigna ou grave (forma hemorrágica). É transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. - Menor que um pernilongo comum, de cor preta e com pequenas manchas brancas no corpo e nas patas, o inseto costuma picar no início da manhã e no final da tarde. - Como não existe vacina contra a doença, a melhor forma de se proteger é a prevenção, evitando acúmulo de água parada. Ou seja: elimine latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasos de plantas, jarros de flores, garrafas, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras que possam acumular água.