Não será como querem as empresas de ônibus nem como sugeriu o Ministério Público de Contas (MPC). O novo valor da tarifa do transporte coletivo da Capital será definido nesta quinta-feira pelo Conselho Municipal de Transporte Urbano (Comtu), formado por 21 entidades.

A tarifa deverá ficar entre R$ 3 e R$ 3,10 - menor que os R$ 3,30 (15,7% de aumento sobre os atuais R$ 2,85) solicitados pelas empresas e maior que os R$ 2,60 indicados pelo MPC. Se for R$ 3, o reajuste será de 5,2%. Sendo R$ 3,10, aumentará 8,7%.

No começo do ano, o MPC exigiu a revisão da metodologia de formação da tarifa. A medida, que considera apenas a frota em uso, foi aprovada em fevereiro pelo Tribunal de Contas do Estado. Além da redução, a desoneração da folha de pagamento, prevista em lei federal, também influirá no preço final da tarifa.

A planilha que será analisada nesta quinta-feira foi calculada com base nas duas novidades, mas também levará em conta o reajuste de 7,5% do dissídio da categoria (motoristas, cobradores e funcionários das empresas) e o aumento de outros itens. Segundo o presidente do Comtu, Jaires da Silva Maciel, a demora na definição do preço foi um complicador.

- Enquanto se discutia o pedido de revisão da tarifa para não incluir a frota reserva no cálculo do percurso médio mensal, houve dois aumentos do óleo diesel - lembrou o presidente do conselho.

Se o índice sugerido pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) for aceito, o Comtu envia para o prefeito José Fortunati aprovar ou não o reajuste. Se for rejeitado, a planilha retorna para a EPTC refazer os cálculos. O diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, preferiu não se manifestar nesta quarta-feira.