Planeta Moto
Valentino Rossi fala sobre os planos para o Mundial de MotoGP
Italiano esteve em São Paulo para participar do lançamento oficial da Factor 2014
Simples e bem-humorado, o italiano Valentino Rossi, 34 anos, esteve em São Paulo, na semana passada, para falar sobre seus planos para o Mundial de MotoGP e participar do lançamento oficial da Factor 2014. Recontratado pela Yamaha após dois anos na Ducati, o piloto nove vezes campeão mundial mostrou-se surpreso ao saber que a reportagem do Planeta Moto rodou mais de 1,2 mil km, desde Porto Alegre, para entrevistá-lo.
- Una moto fantástica - disse, em italiano.
Em entrevista coletiva, The Doctor (doutor, em inglês) lamentou que o país não seja sede de etapas da motovelocidade e até deu conselho aos novos pilotos brasileiros.
Despojado
A Yamaha preparou uma recepção de gala para Rossi. Dirigentes japoneses e brasileiros, de terno, ficaram na mesa à espera do italiano, na sala de convenções de um luxuoso hotel no Bairro Jardins, em São Paulo. Em meio ao clima formal, Valentino não poderia ter sido mais despojado: com calça e blusa de agasalho, tênis, camiseta e um boné da Yamaha, entrou pela porta dos fundos, passou no meio dos jornalistas e sentou-se à mesa principal.
Na Seleção Brasileira?
O ponto alto da festa foi quando o piloto vestiu a camiseta da Seleção Brasileira. Bastante aplaudido, ele disse que sua relação com a Yamaha "é um casamento" e brincou:
- Vou contar um segredo: na Copa de 2014, vou jogar pelo Brasil.
No samba
Assim que chegou ao Brasil, Rossi fez a alegria de centenas de funcionários da Yamaha, em Guarulhos (SP). Andou na Factor 125cc, arriscou alguns passos de samba com as mulatas da escola Mocidade Alegre, bicampeã do carnaval paulista. Meio sem jeito, em inglês ele se desculpou por entender "quase nada" do português.
- Essas motos menores são muito importantes para o mercado. Mas menos velozes do que a que estou acostumado.
"Gosto dessa vida"
Em entrevista coletiva em São Paulo, Valentino atendeu à imprensa especializada. Depois, participou de um coquetel, ainda no hotel, apenas para funcionários da Yamaha. Solícito, o italiano autografou dezenas de capacetes e camisas de aficionados por motovelocidade.
Diário - O que você espera da temporada 2013 da MotoGP?
Rossi - Será uma temporada importante, porque vim de duas temporadas difíceis com a Ducati e os resultados não foram como eu esperava. Estou muito orgulhoso e feliz por ter outra chance com a Yamaha, onde conquistei importantes títulos. O foco é tentar ganhar algumas corridas e brigar pelo título. Vai dar este ano? Não sei, vamos ver.
Diário - Você acha que as duas temporadas ruins na Ducati prejudicaram sua imagem junto aos fãs?
Rossi - Foi um grande desafio, porque nenhum piloto na história ganhou o campeonato com três diferentes fábricas, e eu perdi. Acontece.
Diário - O que te motiva a continuar?
Rossi - Gosto desta vida. Especialmente desenvolver uma moto, tentar levar uma moto ao limite.
Diário - O que você diria aos pilotos brasileiros que estão começando na motovelocidade?
Rossi - Tente, tente e tente guiar a moto, especialmente começar quando você ainda é muito jovem, porque quando se é jovem, a cabeça é livre para aprender. Espero ver no futuro algum bom piloto do Brasil.
Diário - Quando você escuta falar do Brasil, qual a primeira coisa que vem à cabeça?
Rossi - O time de futebol e também as belas mulheres.