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40 anos do celular

Do tijolão ao peso pluma

Primeiro aparelho, criado em 1973 nos EUA, pesava 1,1kg. Hoje, o mais leve, feito no Japão, tem apenas 32g. Esta é uma das curiosidades deste fenômeno de popularidade

04/04/2013 - 07h12min

Atualizada em: 04/04/2013 - 07h12min


Neider e seus três celulares

Ele facilita a sua vida, permite comunicação instantânea, em qualquer lugar. Hoje, é difícil imaginar-se sem os benefícios do celular. Mas lá se vão 40 anos de evolução para que esse telefone se tornasse comum no seu cotidiano.

O túnel do tempo nos leva a 1973. Foi no dia 3 de abril daquele ano que o engenheiro Martin Cooper, funcionário da Motorola, foi para as ruas de Nova York (EUA) fazer uma ligação com um aparelho de 1,1kg, chamado DynaTAC. O feito completou quatro décadas ontem.

11 anos até ser comercializado

Desse experimento até a comercialização passaram-se 11 anos. As décadas seguintes transformaram a invenção em sucesso de múltiplas funções. E bem mais leves: foi lançado há duas semanas o Strap 2, da japonesa Willcom, com 32g (7cm de altura, 3,2cm de largura e 1,7cm de espessura). O DynaTAC era 34 vezes mais pesado.

O empresário Neider Gonçalves Chagas, 30 anos, não consegue se imaginar sem o celular. Ele tem três aparelhos: dois para uso profissional e um para pessoal. E lembra-se de quando foi um dos pioneiros a comprar um telefone móvel, em Alegrete, onde morava:

- Estava na fila do banco quando o celular tocou e todo mundo ficou olhando, admirado.

Uma ferramenta de trabalho

Graças ao avanço da tecnologia, hoje ele coordena, pelo celular, as escalas de trabalho de 35 pessoas. E também organiza o dia, vê informações de trânsito e clima:

- É impossível ficar sem celular hoje.

Além do trabalho, Neider lembra que a tecnologia reforça o contato com a família. As enteadas sempre mandam um torpedo ao chegar na escola. E no único dia em que pode se desligar...

- Me libero do comercial no domingo e, mesmo assim, às vezes, parece que ele está vibrando - relata.

Um de cada operadora

Na bolsa de auxiliar administrativa Suzana de Lima Rodrigues, 40 anos, dois aparelhos celulares, cada um com um chip de uma operadora diferente, têm lugar garantido. E ela não para por aí: no escritório de advocacia onde trabalha, um terceiro celular, de uma outra empresa, inclui-se entre os seus instrumentos de trabalho.

- Não tem como ficar sem. Sou da época do tijolão - diverte-se, lembrando de quando os primeiros telefones móveis foram lançados.

Além de utilizar o celular para sua função principal (fazer ligações), Suzana também acessa a internet pelo aparelho, e está sempre conectada com os amigos e a família.

- É cômodo e rápido. Estou sempre com ele ligado - garante a moradora de Viamão.

Ele não se entrega

Na contramão da tecnologia, está alguém que não faz questão de ter celular. O colunista do Diário Kenny Braga diz não sentir necessidade. E não passará a fazer isso por se tratar de um hábito da maioria.

Ele conta que, no ônibus, por exemplo, fica incomodado quando pessoas falam sobre problemas pessoais ao celular para todos ouvirem. Kenny lida com bom humor.

- Vários amigos se queixam que querem falar comigo e não me encontram. É simples: não quero ser encontrado.

A história

1973: Martin Cooper, funcionário da Motorola, usa em Nova York um aparelho de 1,1kg, o DynaTAC.

1984: Motorola começa a vender o DynaTAC. Ele tinha um teclado numérico de base e uma bateria com apenas uma hora de duração e oito horas em modo de espera.

1993: IBM e BellSouth se unem e lançam o Comunicador Pessoal Simon, que também servia como um livro de endereços, calculadora, pager e fax.

1996: primeiro telefone com flip (abre e fecha), lançado pela Motorola, o StarTAC. Incluía o suporte para mensagens de texto SMS.

1998: Nokia lança o telefone em barra, o Nokia 6160, com antena externa.

Anos 2000: chegam smartphones, com câmeras de foto e vídeo e internet. Compartilha-se dados por Bluetooth, ouve-se música...


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