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Polêmica dos uniformes

Guerra de versões entre fabricante e prefeitura da Capital

Smed e PGM podem multar à Capricórnio se os kits não forem entregues até o dia 25 de abril. Empresa paulista diz que tomará medidas cabíveis

03/04/2013 - 07h25min

Atualizada em: 03/04/2013 - 07h25min


Desse uniforme, por ora, tênis só na foto de divulgação

Enquanto alunos da maioria das escolas da rede pública municipal de Porto Alegre aguardam o uniforme, prefeitura e empresa responsável pela confecção travam uma guerra de versões para explicar o atraso na entrega dos 44.997 kits. A compra dos uniformes da empresa Capricórnio S/A, com sede em São Paulo, custou R$ 6,7 milhões.

Na quinta-feira, dia 28 de março, o Diário Gaúcho mostrou que só oito das 96 escolas haviam recebido os kits com camisetas, moletons, calças, meias, short-saias, bermudas e mochilas. Os tênis sequer haviam chegado.

A fornecedora argumenta que a demora deve-se ao fato de o pedido ter sido feito pela prefeitura no dia 22 de fevereiro, apenas cinco dias antes do início do ano letivo. Antes da publicação da matéria, o DG a Secretaria Municipal de Educação (Smed) foi procurada pela reportagem, mas ninguém manifestou-se sobre o calendário.

Nota de esclarecimento

No domingo passado, a secretaria divulgou nota dizendo que a entrega dos kits teria prosseguimento na próxima semana. A Smed alega que fez apenas uma formalização do pedido de entrega cinco dias antes do início do ano letivo. A encomenda teria sido feita no segundo semestre de 2012. Por sua vez, a fornecedora diz que, em setembro passado, recebeu um pedido de cancelamento da produção, dias após ter sido comunicada que vencera a licitação. Por isso, não providenciou a produção. Prefeitura e Capricórnio não mostraram provas em papel do que dizem.

Empresa poderá ser multada

Diante do atraso denunciado pelo jornal, Smed e Procuradoria-Geral do Município (PGM) estudam sansões à empresa, com possibilidade de aplicação de multa e desclassificação no cadastro da prefeitura, caso o contrato não seja cumprido.

A manifestação desagradou a Capricórnio. Na manhã de ontem, a assessoria de imprensa disse que a empresa tomaria as medidas cabíveis para se defender. À tarde, em nota enviada por e-mail ao jornal, mudou o tom: afirma que distribuirá os kits - tudo será entregue, com tênis, até o dia 25 de abril.

Por que a demora?

A fornecedora Capricórnio S/A, empresa paulista, alega que só recebeu a ordem de serviço cinco dias antes do início das aulas (22 de fevereiro). A Smed alega que a encomenda foi feita no segundo semestre do ano passado.

Por contrato, a vencedora da licitação teria 60 dias para começar a entregar o material.

Via assessoria de comunicação, a Capricórnio S/A afirma que acelerou a produção para "não deixar as crianças muito tempo sem os uniformes".

Por fim, prevê entregar todos os kits até o dia 25, data em que, por contrato, começaria a entrega.


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