Caranga & Cia
Vida difícil, trânsito fácil na Coreia do Norte
Enquanto a vizinha do sul faz sucesso mundial com Hyundai e Kia, a Coreia do Norte restringe a venda de carros. O lado bom é o trânsito, sempre liberado
A Coreia do Norte é assunto global hoje. Vive numa ditadura socialista e em clima de guerra com a vizinha Coreia do Sul e com os EUA - existe ameaça de arma nuclear porque os norte-coreanos sofrem sanções econômicas da Onu.
O combate ao capitalismo é tão forte que reflete-se até nas ruas. E, aos nossos olhos, parece uma boa notícia. O país tem, na proporção, uma das menores frotas do planeta. São apenas 25 mil veículos para 25 milhões de pessoas. Ou seja: um carro para cada mil pessoas. No Brasil, a média é de um veículo a cada três pessoas.
Logo, não existem congestionamentos na terra do ditador Kim Jong-un, que proíbe as mulheres de dirigir. Curiosamente, são elas que exercem a tarefa de guarda de trânsito na capital, Pyongyang. Até existem os semáforos. Porém, ficam desligados quase sempre (para reduzir custos com energia, que é escassa).
Boa parte dos carros que usam as largas avenidas são oficiais ou de estrangeiros. A bicicleta está muito presente, mas a maioria da população se locomove a pé ou usa os superlotados ônibus - frota antiga, herdada da antiga Alemanha Oriental.
Venda restrita
Há duas montadoras locais. A Pyeonghwa produz compactos sob licença da Fiat e da chinesa Brilliance. Pode produzir 10 mil carros por ano, mas fabrica 500/ano. É a única que pode fazer propaganda e comercializar carros importados.
Os preços são similares à média mundial. Porém, a população não pode comprar, algo que só pode ser feito por quem tem laços com o governo.
Corolla: evite pegar carona
Por problema em airbag frontais, modelos Corolla de 2002 e 2003 precisarão passar por recall. A questão é tão grave que a montadora sugere que ninguém sente na posição do caroneiro.
O conserto de 28.964 unidades do Corolla começará a ser feito a partir do próximo dia 25. De acordo com a marca, as versões XEi e SEG, fabricadas de 31 de maio de 2002 a 6 de agosto de 2003, fazem parte do chamado - código alfanumérico 9BR53, com os últimos dígitos do chassi entre 8500004 e 8530349.
Não houve constatação de má instalação do airbag entre Corollas de outros anos de fabricação.
Honda Civic também tem problema
A Honda convocou ontem o recall de 23.352 veículos no Brasil, que fazem parte do chamado mundial que reúne 3,39 milhões de unidades e também outras marcas - Toyota (nota acima), Nissan e Mazda.
De acordo com a Honda, os proprietários do Civic, de modelos 2001 a 2003, e do CR-V 2002 devem comparecer, a partir de 22 de abril, em concessionárias da empresa, para a substituição gratuita do insuflador do airbag do lado do passageiro. Há risco de ferimentos.