Prejuízo
Após protestos, comércios e bancos são destruídos por vândalos em Porto Alegre
Prédios do DMLU e da Secretaria Municipal da Juventude também foram depredados
Pelo menos oito bancos foram atacados na área central de Porto Alegre. Prédios do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) e da Secretaria Municipal da Juventude tiveram prejuízos. Ao menos duas casas noturnas na Rua João Alfredo, na Cidade Baixa, foram depredadas. O empresário Tiago Faccio, dono da Woodoo Lounge, relata que seu bar teve as vidraças quebradas, mas a confusão ele pode observar pelas câmeras de segurança que ficam na fachada do prédio.
- Fiquei assistindo de camarote sem poder fazer nada. Onde foram passando, foram detonando, independente do que era. Fico triste não só pelo prejuízo, mas pela função toda. É não saber se vai acontecer de novo - lamenta.
Após mais uma noite de protestos no centro de Porto Alegre, novamente, um pequeno grupo de vândalos se separou da massa ordeira que caminhava pacificamente pelas ruas da Capital e promoveu atos de violência.
Além da região do Centro Histórico, o bairro Cidade Baixa foi o mais afetado pelas depredações. Em uma agência do Banco do Brasil, na Avenida Venâncio Aires, toda a vidraça foi quebrada e a sala de autoatendimento revirada. Caixas eletrônicos e monitores ficaram danificados.
Faccio calcula que o prejuízo da noite anterior não deve passar dos R$ 1 mil, porém, já decidiu que a casa continuará fechada em dias de protesto. Se as manifestações continuarem ocorrendo duas vezes por semana - segundas e quintas - , ele estima que possa perder até 25% do faturamento mensal.
Cerca de uma dezena de veículos foi atacada e 17 contêineres de lixo, incendiados. A Polícia Civil acredita que quase uma centena de pessoas tenha sido detida após os confrontos com a Brigada Militar. Pelo menos seis pessoas feridas foram atendidas no Hospital de Pronto Socorro (HPS).