Caranga & Cia
Cuide do seu veículo: o segredo de um motor
Usar fluido de arrefecimento é algo fundamental para o bom funcionamento do veículo. A maior vantagem: garante bom consumo de combustível
O carro dos sonhos é o aquele que não deixa o motorista na mão, concorda? Pois bem. Tratar bem do coração dele é fundamental para não ter nenhuma surpresa desagradável. E você sabe como fazer para que o motor funcione corretamente, mantenha a temperatura ideal, economize combustível e tenha vida longa? O uso adequado do líquido de arrefecimento é decisivo para evitar prejuízos.
Evita corrosão e congelamento
Também chamado de fluido, o produto controla o calor gerado naturalmente pelo conjunto do motor, já que conta com ação antifervura, garantindo o funcionamento em temperaturas baixas - possui propriedades anticongelantes. O composto também evita corrosões.
Para dar conta de manter a temperatura de trabalho estável, que é em torno de 90°C, o líquido precisa percorrer a estrutura do motor por meio de galerias internas.
Consumo alto é um sinal
Caso a temperatura fique abaixo dessa marca, o consumo de combustível pode subir demais - um alerta de que algo não está bem. Se o contrário acontecer, ou seja, ficar acima do ideal, o motor pode superaquecer e fundir.
Cinco anos sem esquentar a cabeça e esvaziar o bolso!
Uma das novidades é o lançamento dos fluidos de arrefecimento de vida longa. Essa nova tecnologia, também chamada de OAT (ácido orgânico), possui vantagens em relação ao fluido convencional. A primeira delas é que seus inibidores de corrosão ampliam o tempo de vida do produto.
Assim, o tempo de vida do fluido OAT para carros de passeio é de cerca de cinco anos ou 150 mil km.
Cuidado na hora de trocar
Em veículos pesados, com motorização diesel, esse fluido passa dos 300 mil km. O convencional não costuma passar de três anos.
É preciso tomar cuidado para não misturar um líquido convencional com um fluido de vida útil estendida. Se você quiser trocar o fluido convencional pelo de maior duração, é necessário fazer a limpeza do sistema de arrefecimento, removendo todo o fluido antigo antes de encher com o novo. E lembre-se: um motor novo, 1.0, custa acima de R$ 3 mil.
Saiba mais
A primeira coisa que deve ser feita é dar uma olhada no compartimento do fluido para ver se o nível está correto. Lá você verá uma marca indicando o volume máximo e o mínimo. Se a quantidade de líquido estiver entre essas duas posições, está tudo bem. Nível acima e abaixo do indicado é sinônimo de problemas para o seu carro.
Em casos em que o nível está baixo é possível completá-lo. Porém, é necessário utilizar água e aditivo para radiador na medida certa. Um profissional especializado é sempre a melhor alternativa para fazer este serviço.
Uma grande redução no nível pode indicar que há vazamento no compartimento. Neste caso é aconselhável levar o carro a uma oficina de confiança.
Existem vários tipos de fluidos de arrefecimento à venda. O ideal é sempre utilizar o recomendado pela fabricante de seu veículo. A informação encontra-se no manual do veículo.
O período para a troca pode variar dependendo do modelo e marca do veículo (consulte no manual do carro). Em média, a primeira troca deve ser feita quando o carro atingir cerca de 30 mil km ou um ano de uso, podendo chegar a mais de 150 mil km ou cinco anos, de acordo com o tipo de aditivo (saiba mais sobre os fluidos de vida longa abaixo).
Você tem uma Blazer antiga?
A Caranga & Cia quer fazer uma reportagem especial sobre a Chevrolet Blazer, a primeira SUV a ser fabricada no Brasil, em 1995. Portanto, já tem 18 anos de vida, atingiu a maioridade.
Se você é dono de um clássico utilitário esportivo, fabricado ainda na década de 1990, entre em contato com a coluna pelo e-mail felipe.bortolanza@diariogaucho.com.br e conte sua história com sua Blazer. O melhor relato poderá ser contado nas páginas do Diário Gaúcho.
Nunca se produziu tanto carro
A produção brasileira de veículos em maio cresceu 0,3% sobre abril e 21,8% na comparação anual, resultado recorde para o volume produzido em um único mês no setor, informou a associação de montadoras, Anfavea.
A produção em maio somou 348,1 mil automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões, acumulando nos primeiros cinco meses do ano volume de 1,54 milhão de unidades - 18,6% acima do mesmo período de 2012.
A Anfavea estima expansão de 4,5% na produção deste ano, para 3,34 milhões de veículos.