Caranga & Cia
Briga de fábricas para o transporte do Papa
Chegou ontem o veículo que vai servir ao papa Francisco em seus seis dias de visita ao Brasil
Chegou ontem o veículo que vai servir ao papa Francisco em seus seis dias de visita ao Brasil (22 a 28 de julho, durante a Jornada Mundial da Juventude). O papamóvel, porém, está envolto em dois mistérios.
1) A Mercedes-Benz, fornecedora oficial do Vaticano há 80 anos, não revela dados de motor e potência.
2) O pontífice quebrará protocolos e dispensará os vidros blindados para circular pelos morros do Rio de Janeiro?
Proteção extra desde 1981
Avesso ao rígido protocolo do cargo, o padre argentino está deixando sob tensão os organizadores de sua jornada. Tanto que dispensou o novo papamóvel, baseado na nova geração do Classe M, que foi entregue pelo presidente da montadora no início deste mês. O modelo que veio é um usado nas aparições na praça de São Pedro. O jipe G 500 pode ser usado aberto ou fechado, já que os vidros blindados podem ser baixados a qualquer momento.
Além do papa e do motorista, normalmente circula dentro um segurança. O compartimento permite que Francisco fique sentado em uma altura capaz de ser visto de corpo inteiro. O teto é iluminado para que o pontífice fique mais visível aos fiéis.
Os vidros e a lataria são blindados, capazes de suportar ataques de fuzis, metralhadoras e até granada - a proteção tornou-se fundamental depois que o papa João Paulo II sofreu atentado, em 1981, na praça São Pedro. A cor do papamóvel é diamante.
Quando Bento VXI assumiu o papado, em 2005, fábricas alemãs travaram disputa para oferecer um papamóvel. A Volks pensou no seu utilitário de luxo, o Touareg.
A BMW ofereceu o X5. No Brasil, custam entre R$ 200 mil e R$ 350 mil.
Recentemente, a francesa Renault presenteou o Papa com um Kangoo elétrico. Em 2006, Bento XVI ganhou um Volvo XC90 (doado a uma instituição de caridade). O mais inusitado ocorreu em 2004: João Paulo II ganhou uma Ferrari, modelo de Fórmula 1.